sábado, 21 de abril de 2018

SINTRA - PORTUGAL: SUGESTÕES DE PASSEIOS

SINTRA - PORTUGAL: SUGESTÕES DE PASSEIOS

Sintra, com Castelo dos Mouros ao fundo.

Sintra é uma cidade cercada de verde, próxima a Lisboa. Em 2017, eu, mais dois adultos, pudemos passear pela cidade. A visita pode ser tanto no esquema bate e volta, ou, caso seu cronograma permita, você pode dormir na cidade. Sou a favor de passar pelo menos duas noites por lá. Numa próxima visita, pretendo aumentar para três. Neste post, sugestões de passeios, recomendações de deslocamento e o local onde ficamos.

Sintra é conhecida basicamente pela porção urbana de Vila Velha, onde está localizada a área classificada como Patrimônio Mundial, mas ela se estende até o oceano Atlântico, incluindo o Cabo da Roca, ponto mais ocidental da Europa Continental. A área também inclui uma série de praias famosas, que infelizmente ainda não tive a oportunidade de conhecer. Portanto saiba, Sintra vale bem mais que um bate e volta e envolve mais que castelos e palácios.

Para uma pesquisa, além deste texto, recomendo o site https://www.parquesdesintra.pt/ , que é o site oficial dos parque da cidade. Lá encontrará informações atualizadas de valores e possibilidades de combinação de bilhetes, serviços, atividades e horários da maioria dos parques gerenciados pela Parques Sintra/Monte da Lua.

No centro de Sintra.

Além de parques/palácios, a cidade conta com museus e várias empresas que fazem atividades ao ar livre. Para os museus e galerias de arte, o site da câmara municipal, fornece algumas informações. Na mesma página você pode migrar para atividades culturais e de turismo. Encontrei também sites de algumas empresas que fazem atividades ao ar livre, mas não posso recomendá-las por não ter utilizado nenhum desses serviços. Quanto ao site da câmara municipal, o indiquei por ser um órgão do governo, e não empresa particular. De qualquer modo, quero frisar, que o que fiz e os serviços que utilizei estão listados no textos. O que está além, é apenas sugestão, sem a experiência pessoal.

Agora, o que vivemos na cidade.

HOTEL:

Entrada do nosso hotel.

Ficamos no Casa da Pendoa, bem próximo ao Palácio Nacional de Sintra, centro da cidade. Excelente localização. Bom atendimento. Condições físicas das acomodações excelentes. Fizemos a reserva via Booking, sem qualquer contratempo.



O Casa da Pendoa tem quartos para família. Ficamos em um que na verdade parecia mais uma pequena casa, apesar de ficar dentro do hotel. Nossas acomodações eram de dois quartos amplos, com armário, uma copa e cozinha, com geladeira, microondas, cafeteira e outras amenidades, além de um banheiro amplo.


Não encontramos sinal de mofo. No site deles (ou no próprio Booking, realmente não me recordo) havia explicações sobre alguns quartos, que por ficarem na parte de baixo, poderiam ter cheiro de mofo. Não foi o nosso caso e me recordo que ficamos no andar superior.


Eles também não servem café da manhã, mas, como cortesia, deixam uma sacola de pão na porta, no primeiro dia de estada. Além disso, a geladeira vem com uma garrafa de leite, suco, manteiga e geleia.


Em 2017, a recepção não era 24 horas, por isso a importância de entrar em contato com o hotel, para ajustar horários.

Chegamos antes do horário autorizado para check in, mas nossos quartos já estavam liberados, por isso fomos logo nos acomodando.

COMO CHEGAMOS EM SINTRA:

Chegamos no aeroporto de Lisboa, por volta das 6:30 e de lá nos dirigimos para o metro e compramos o ticket para sair no Rossio, onde existe estação de trem, para irmos até Sintra.

No aeroporto, a estação de metro fica no Terminal 1. Você pegará a linha vermelha e sairá em Alameda, onde trocará pela linha verde, para saltar em Rossio (sentido Cais do Sodré).

Quando for comprar o ticket, você também precisará adquirir o cartão Viva Viagem, que é comprado na mesma máquina. Você carrega o cartão e irá mantê-lo para carregá-lo mais, uma vez que pode precisar ou queira fazer mais viagens de metro.

Esse cartão é bem simples. Em 2017 ele era de papelão, mas bem resistente.

No Rossio, buscamos as indicações Comboio para chegar aos trens (trem=comboio). Existem outras estações que partem para Sintra, mas foi a do Rossio que utilizamos. Carregamos o cartão Viva Viagem, com a opção Sintra (não use Sintra Portela, pois essa não é a estação para a parte turística/histórica).

Viagem demora aproximadamente 40 minutos e a estação fica aproximadamente 15 minutos à pé até o Hotel. Nós descemos na estação errada (Sintra Portela) e precisamos pegar um ônibus (autocarro) até o Palácio Nacional de Sintra, que foi o ponto que utilizamos como referência para chegar ao nosso hotel.

Se preferir fazer o trajeto até o Palácio Nacional de ônibus, pode utilizar o ônibus turístico (autocarro) 434, que vai até o Palácio da Pena, outro ponto turístico, que fica num local bem alto. Esse autocarro passa na estação de Sintra.

Essa linha de trem que vai até Sintra chama-se Azambuja/Lisboa/Sintra. Para retornar a Lisboa, pegue o trem/comboio na mesma estação que chegou na cidade e faça o caminho contrário. Como de Sintra iríamos para Porto, nós descemos na estação Oriente ao voltar para Lisboa, ao invés da estação Rossio, pois Oriente seria a mais prática para pegar o comboio até Porto.

Caso você tenha adquirido o Lisboa Card (não foi nosso caso nessa parte da viagem) a viagem de trem Lisboa - Sintra já está incluída.

Não é possível comprar a tarifa online e não tem assento marcado. Mas a oferta de comboio é grande. Os trens costumam sair a cada 20 minutos (em 2017).

COMO NOS DESLOCAMOS NA CIDADE:

Andamos à pé para restaurantes, Palácio Nacional de Sintra e Quinta da Regaleira, além das várias lojinhas e confeitarias.

Utilizamos os autocarros turísticos linhas 434 e 435, para acessar alguns palácios.

Uber também funciona sem problemas. Usamos uber para ir de Cabo da Roca até o centro turístico de Sintra.

O que não gostei, devido a demora, foi o ônibus cityseeing. Aquele turístico, que você pode subir e descer em ponto pré-determinados, durante o período de 24 ou 48 horas.

Lá também existem vários tuk-tuks, táxis e ônibus convencionais. O que não falta e opção de deslocamento.

O site oficial da empresa que gere os autocarros turísticos é esse aqui.

COMIDA:

Jantamos uma noite no restaurante TULHAS e gostamos muito do ambiente e da comida. É um restaurante de cozinha tradicional portuguesa, localizado na rua Gil Vicente, próximo ao centro de turismo da cidade. Era próximo ao hotel, tendo sido tranquilo o deslocamento a pé até lá. 

Restaurante Tulhas.

Almoçamos duas vezes no restaurante CAFÉ PARIS CAFETARIA, bem em frente ao Palácio Nacional de Sintra. Comida deliciosa. Bom atendimento (como em todos os restaurantes que visitamos em Portugal). Possuem mesas tanto na parte interna quanto na parte externa, voltada para a rua.


Para conhecer os doces típicos, a famosa PIRIQUITA. Uma padaria com produções de açúcar que enchem os olhos e a boca! Fica no início de uma ladeira, bem próximo ao Palácio Nacional de Sintra. O site é este aqui. 


O QUE VISITAMOS E O QUE AINDA QUEREMOS VISITAR:

A lista de indicações para passeios é muito boa, tanto para viajantes solitários, casais e famílias.

Caso pretenda levar crianças de colo, apenas se prepare para carregar os guris em alguns trajetos, devido a morros e ao tipo de calçamento, mas não é nada que tenha inviabilizado uma série de famílias que vi por lá. Neste caso, recomendo o canguru ou similar e carrinho de bebê no modelo mais compacto que você conseguir.

Parque e Palácio da Pena:


A área ocupa 85 hectares de mata e construções, com Palácio, templos, fontes, miradouros, grutas, lagos e jardins.

Acesso ao Palácio da Pena, após passar pela bilheteria.

Visitamos basicamente o Palácio e quando olho o mapa do local, vejo que preciso voltar. 

Localizado no final de um morro, que pode ser acessado de ônibus turístico, táxi e tuk tuk. Existe estacionamento para carros particulares, mas um pouco afastados da entrada principal.


Na área do Palácio  você encontrará restaurante, loja, banheiros, wi-fi livre.


O Palácio possui uma mistura de estilos que encanta os turistas, com destaque para a arte manuelina e mourisca. Sua construção está ligada à Dona Maria II (filha do nosso Dom Pedro I), seu esposo Dom Fernando II e à segunda esposa de Dom Fernando, Condessa d'Edla.


Informações atualizadas de horários, sugestões de roteiros e valores, no site oficial.

Aqui você pode abrir o mapa do local com sugestão do percurso. 


Para a visita, você provavelmente não gastará menos que duas horas, caso não visite os jardins. Se for visitar os jardins... aí o que manda é a sua disposição.

Palácio Nacional de Sintra:

Entrada do Palácio Nacional de Sintra.

Localizado bem no centro histórico da cidade. 

Chama logo a atenção pelas duas chaminés, com formato distinto, lembrando dois funis.


Sua história inicia-se na época do domínio muçulmano da Península Ibérica, e envolve a vida de vários reis, inclusive a do chamado rei sem trono (Afonso VI).


Suas dimensões são bem menores que a do Palácio da Pena, e sua visita não leva mais que 1 hora.

Parque e Palácio de Monserrate:


Aqui não viveu nenhum rei. É um palácio particular, construído para ser a residência de verão da família inglesa Cook.


Já publiquei um post sobre o local e para saber sobre nossa experiência e sugestões, só clicar neste link aqui: Monserrate.

Ruínas da capela em Monsserate.

Quinta da Regaleira:


Obra de um brasileiro. Um espécie de lugar que tenta evocar o mágico e místico. Um quinta para passar no mínimo duas horas.

Capela de Quinta da Regaleira.

Interior da capela de Quinta da Regaleira.

Conta com uma mansão cercada por um jardim na menos que encantador. 




Cheio de fontes, passagens subterrâneas, mirantes, lagos, grutas.



Poço Imperfeito.

Também já descrito em um post anterior, que pode ser acessada aqui: Quinta da Regaleira. Não deixe de fazer os percursos subterrâneos nem de passar pelo Poço Iniciático.

Poço Iniciático.

Acho difícil não gostar do local. Não deixe de incluí-lo no seu roteiro!!!

Cabo da Roca:


Acessamos Cabo da Roca a partir de Cascais, mas pode ser atingida partindo de Sintra, tanto pelo ônibus Citysightseeing (que achei muito demorado), quanto pelo autocarro turístico número 403. 


Como estávamos em Lisboa quando decidimos visitar o Cabo da Roca, pegamos um trem até Cascais e de lá o autocarro. Para saber o local onde pegar o ônibus é só perguntar para algum morador, caso tenha dúvidas.


Cabo da Roca é o ponto mais ocidental da Europa continental. Uma terra de ventania voltada para o mar. 

No local, além do visual de uma grande falésia, um farol (que não estava aberto para visitas) e um ponto de apoio com restaurante, banheiro e loja de souvenir.


Logo de frente para o mar você encontrará um marco com as inscrições de Camões: "Aqui onde a terra se acaba e o mar começa".


Não visitamos, mas está na lista: 
Castelo dos Mouros, Convento dos Capuchos, as praias, Palácio de Queluz, Palácio de Seteais, Chalet da Condensa e pelo menos alguns dos museus gerenciados pela Câmara Municipal, além de um dos percursos a pé sugeridos pelo Monte da Lua (percursos pedestres)..

Ao fundo, Castelo dos Mouros, visto de uma torre da Quinta da Regaleira.

Programe-se, organize-se e aproveite a viagem!!!

Em frente ao museu Anjos Teixeira.