Viagem em janeiro de 2019, dois adultos e duas crianças 12 e 7 anos.
A viagem ao Parque da Serra do Cipó fez parte de uma viagem de carro por Minas Gerais.
O Parque fica situado em área pertencente aos municípios de Santana do Riacho, Jaboticatubas, Moro do Pilar e Itambé do Mato Dentro. Fica há aproximadamente 100 km de Belo Horizonte. Já havia visitado o parque há 13 anos e desta vez decidimos apresentar o parque aos nossos filhos.
Ficamos hospedados em Santana do Riacho, no hotel pousada Veredas do Cipó, rua Jequitibá, número 26. A reserva foi feita pela Booking e não tivemos qualquer problema.
O hotel/pousada funciona alugando casas em formato de condomínio fechado. Durante o dia ficam duas moças responsáveis pelo serviço de manutenção e alimentação e à noite há um segurança. Na área comum tem duas piscinas (uma infantil e outra para adulto), várias redes espalhadas pela área externa, pequeno campo gramado e gradeado, área externa com muitas árvores, sauna e parquinho para crianças pequenas.
O café da manhã fez parte do pacote e possui serviço de bar em horário específico. Não servem almoço nem jantar, mas a região é rica em bares e restaurantes. Além disso, a cidade possui um amplo supermercado, que fica a 2 minutos de carro do hotel/pousada.
A casa do condomínio é bem confortável. Nossa casa tinha dois quartos (um com TV), uma sala/cozinha, com TV, fogão, geladeira, dois banheiros, sendo um da suíte, ventiladores de teto, wi-fi e rede na varanda. Nos fundos da casa, um quintal com varal e alguma árvores.
Não havia vaga delimitada para os carros, como se fosse um estacionamento privativo, mas todos os carros ficavam dentro da área do condomínio/pousada.
Nosso objetivo na região era passear pelo Parque e fizemos isso em dois dias. Existem outras atividades e cachoeiras fora da região do parque, mas dessa vez todas as nossas atividades ficaram dentro da área pertencente ao Parque Nacional.
Da pousada até a sede do parque são aproximadamente 8 km. Saindo da pousada, pegamos a MG 010 e seguimos até depois da ponte da Cachoeira Grande, que corta o rio Cipó. Imediatamente depois da ponte, deve-se virar a esquerda e seguir por uma estrada de terra. Essa estrada apresenta trechos bem estreitos e com algumas chácaras no caminho. Logo na entrada o parque, há um estacionamento à esquerda. Deixe o carro aí e siga à pé.
Na entrada do parque você será recepcionado por um funcionário que pegará seus dados e passará instruções gerais. Lá você encontrá um grande mapa (além do mapa em um panfleto), com as distâncias e fotos das principais atrações, além de informar sobre as questões de segurança e cuidado com o lixo.
Na sede há banheiros e bebedouros para reabastecer suas garrafas de água. Depois dessa área, não há onde abastecer com água potável.
A entrada no parque é permitida das 8 às 16 horas, com saída até as 18 horas. Abre todos os dias, com exceção de 24, 25, 31 de dezembro e 1º de janeiro. Para acessar o site oficial, clique aqui.
O parque possui uma página chamada "Cardápio de atrativos", com informações sobre os principais pontos turísticos, as distâncias, o que fazer e tipo de caminhada. Isso ajuda a se programar para as atividades. Para acessar esse "cardápio", clique aqui.
No nosso primeiro dia chegamos lá por volta das 10 horas da manhã. Descobrimos que se quiséssemos alugar uma bicicleta com cadeirinha para crianças, precisaríamos ter chegado mais cedo ou ter pago com antecedência (reserva), pois a empresa que aluga bicicleta na entrada do parque só possuía duas cadeirinhas (felizmente elas tinham limite até 25 kg). Por isso, paguei adiantado para reservar a cadeirinha para o dia seguinte.
Uma vez feita a reserva da cadeirinha para bicicleta, fechamos o passeio de caiaque para nós 4. Foi passeio de aproximadamente 2 horas, subindo os rios Mascate e Cipó. Durante todo o trajeto fomos acompanhados pelo instrutor/guia. Eu e minha filha fomos em um caiaque e meu marido foi com meu filho menor. Todo o trajeto é feito com colete salva-vidas.
Esse passeio é pago. Na cidade é possível contratar outras empresas que também fazem passeio de caiaque em outros trechos do rio, mas dentro do parque só havia esse rapaz. Se o guia do caiaque tivesse fechado com outra pessoa, precisaríamos esperar eles voltarem para conseguir fazer essa parte do passeio.
Todo o trajeto é cercado por mata. Em alguns pontos é possível parar para tomar banho. Em dois lugares precisamos sair do caiaque e atravessar uma barreira de bambu, que se dispunha horizontalmente formando uma pinguela sobre o rio. Para fazer isso você precisará se molhar e transpor o caiaque para o outro lado da pinguela. Meus filhos acharam a maior aventura. Isso simples, mas as crianças acharam a maior aventura, o que tornou o passeio ainda mais legal.
Para subir o rio é preciso ter braço, mas não chega a ser extenuante. A volta é bem mais leve, uma vez que vai no sentido da correnteza.
Não esqueça de levar protetor solar e repelente, pois os mosquitos não perdoam!
Quando saímos do parque já era mais de 15 horas. Paramos num restaurante na cidade que felizmente não havia encerrado o serviço de cozinha. Comemos sem pressa e voltamos para a pousada.
No dia seguinte, chegamos as 9 da manhã e fomos logo pegando as bicicletas. Meu filho menor foi na cadeirinha, junto com meu marido.
Todo o trajeto é feito em terra, com alguns pequenos trechos em areia. Nosso objetivo era chegar até o Canyon das Bandeirinhas, pois esse ponto não tínhamos conhecido no passeio realizado 13 anos antes. São 12 km de distância, mas não pense que é rápido. Muitos trechos do caminho são acidentados, sendo necessário sair da bicicleta.
Em um dos ponto passamos por um córrego cheio de pedras. Demos uma parada para as crianças analisarem o lugar.
Mais à frente passamos por um charco, no qual literalmente enfiamos o pé na lama. Apesar da sujeira, rendeu boas gargalhadas. Para desviar do charco precisaríamos passar no meio do matagal, desfazendo a trilha e aumentando a erosão local, portanto, enfrentamos o charco.
Antes de chegar no canyon há um desvio à esquerda para acessar a Cachoeira da Farofa. Esse desvio é sinalizado.
Quando já estamos próximos ao canyon, nos deparamos com o rio Mascates. Não é viável atravessá-lo carregando as bicicletas. Deixamos as bicicletas na margem do rio, devidamente presas com o cadeado de segurança fornecida pela empresa de aluguel e atravessamos o rio. Mais um ponto para sensação de aventura para as crianças!
Depois deste ponto seguimos mais uns 10 minutos à pé e chegamos num aglomerado de pedras que seguiam pelo rio em direção ao canyon. Finalmente estávamos no nosso destino. Paramos e aproveitamos para um bom banho, depois de tanto pedalar.
Para voltar, refizemos todo o caminho. Chegamos cansados, mas não exaustos. Voltamos para a cidade e para um bom descanso!
Não deixe de levar:
1- repelente;
2- protetor solar;
3- roupa de banho;
4- boné ou chapéu;
5- calçado confortável e chinelo;
6- garrafa d'água;
7- lanche;
8- sacola para recolher seu lixo;
9- mochila.
Caso tenha mais tempo, acrescente outras cachoeiras e trilhas existentes na região.
Planeje-se e aproveite a viagem!!!