segunda-feira, 25 de abril de 2016

CATEDRAL DE BERLIM

CATEDRAL DE BERLIM - BERLIM DOM


Passeio realizado em maio de 2015. Apenas adultos.

A Catedral de Berlim pode ser visitada em roteiros diferentes. Isso porque na bilheteria você escolhe se quer fazer a visita completa, incluindo as criptas (com a família real prussiana) e o domo, ou apenas o salão principal, onde ocorre as cerimônias religiosas de rotina. Como sugestão: visite-a por completo!  




Fazendo o passeio com tranquilidade, parando para ler e ouvir as informações disponíveis em vários setores, você gastará aproximadamente 1 hora.



Ela está localizada na ilha dos museus, no bairro Mitte, logo depois da ponte Schlossbrucke, para quem vem descendo a avenida Unter de Lind, em direção contrária ao Brandenburger Tor. 




É uma Catedral protestante, mas no seu local, inicialmente, existia uma igreja católica, que passou por transformações e demolições até se tornar na Catedral que é hoje. Durante a 2ª Guerra, ela foi atingida e sua reconstrução só foi concluída em 1993. Ela possui o maior órgão de tubos da Alemanha (mais de 7.000 tubos) e é ricamente decorada (com detalhes do novo testamento de de figuras da Reforma Protestante).




No local, um loja de lembranças e um café, com mesinhas na calçada lateral.

Se puder, suba até o Domo (eu consegui e sou bem sedentária) e aproveite a vista da cidade.


No final da subida ao Domo.

Caso prefira, o passeio pode ser realizado com áudio-guia e seu valor será acrescido ao ingresso. Nós fizemos sem, mas eu já havia lido sobre o local, sua construção e detalhes da história.


No final do Domo, vista da cidade!


A visita pode ser combinada com uma série de outros pontos de interesse turísticos. Fica do outro lado do DDR museu (sugestão de passeio já publicada aqui), próximo ao bairro medieval de Nilolaiviertel, ao lado de um ponto de partida para passeio de barco pelo rio Spree e pertinho da Alexanderplatz! Além, é claro, de ficar na mesma ilha de alguns dos museus mais interessantes da cidade!

Aproveite a viagem!!






segunda-feira, 4 de abril de 2016

AMAZONAS - HOTEL DE SELVA

AMAZONAS - HOTEL DE SELVA


Viagem em março de 2016, com dois adultos, eu e minha irmã.

Há muito tempo planejávamos conhecer a região Amazônica. Nossa intenção era ficar na floresta e não na cidade, por isso fizemos uma pesquisa entre os hotéis denominados hotéis de selva e após analisar os serviços oferecidos por cada um, optamos pelo Juma Amazon Lodge. Gostamos e recomendamos!


Hotel Juma Amazon Lodge.

Os hotéis de selva funcionam no sistema all inclusive. Normalmente está incluído o transfer de ida e volta do aeroporto ou hotel em Manaus, em que o visitante está, alimentação (café da manhã, almoço, jantar), hospedagem e passeios, de acordo com o pacote de dias que você escolher.

No Juma também foi oferecido um lanche à tarde, depois dos passeios, apesar deste lanche não aparecer na listagem de serviços.

Nós ficamos uma noite em Manaus, devido ao horário de chegada do nosso voo. Na página dos hotéis de selva, eles fornecem o horário que podem passar no aeroporto e no hotel, para pegar os clientes para a viagem até o destino final (o hotel de selva)e o horário de retorno. Nosso horário de chegada não era favorável e por isso passamos uma tarde em Manaus, e no dia seguinte, às 7 horas da manhã, partimos para a selva.


Terminal de passageiros, em Manaus.
O trajeto até o hotel de selva é longo, mas ao mesmo tempo é um passeio por si só. Demorou cerca de 3 horas. A equipe do hotel Juma chegou pontualmente às 7 horas e de lá partimos de van até o terminal de passageiros, que fica às margens do rio Negro. De lá embarcamos numa lancha do hotel e fomos até a outra margem do rio. No caminho, muito tronco e vegetação boiando na água, postos de gasolina no meio do rio, muitas embarcações (lanchas e navios imensos!) e uma parada, rapidinha, para poder observar melhor o famoso Encontro das águas!

Encontro das águas.

O Encontro das águas refere-se ao encontro das águas do rio Negro, cheio de ácidos orgânicos, com as águas do rio Solimões, que vem lá dos Andes, com a coloração mais marrom, cheia de sedimentos. Após uns 6 km correndo juntas, as água finalmente se misturam completamente e aí se forma o rio Amazonas. Muito interessante!

Voltando ao trajeto até o hotel de selva... Após chegar à outra margem, pegamos um carro do hotel, andamos por mais um tempo (aproximadamente 45 minutos) e chegamos a um ponto denominado chapéu de palha. Este local é um ponto de apoio para os pessoal pegar lancha ou barco e continuar seguindo caminho pelas águas da floresta. Pegamos nossa lancha e depois de cerca de 20 minutos chegamos ao hotel.

Igarapé Maçarico.


O igarapé que pegamos, a partir do chapéu de palha é este da foto acima. Igarapé Maçarico.


Vista externa do Juma Amazon Lodge.

O hotel Juma tem esse nome devido ao rio onde está localizado. Rio Juma. 

O hotel é composto por uma série de bangalôs, que são quartos dos hóspedes, restaurante, recepção, redário e quartos dos funcionários. Todas as áreas são suspensas por paliçadas e interligadas por passarelas. Tudo no meio das árvores. 

Fomos na época da seca, e por isso ficou fácil observar as distância dos bangalôs até o chão. Na época da cheia....a água passa rente às passarelas.

Deck de chegada do Juma Amazon Lodge.

O hotel busca uma eficiência de redução de danos ao ambiente. Conta com um sistema próprio de tratamento de água de esgoto e separa todo o lixo produzido e depois o leva de barco para Manaus.

Estação de tratamento de esgoto.


Baia de lixo, de acordo com qualidade.


Telefone

Na região, ainda não há sinal para celular, televisão, nem internet. Se precisar falar com alguém por telefone, eles possuem este telefone para casos de emergência. Fica em uma das passarelas. 

Restaurante.


As refeições são servidas pontualmente. Café de 8 às 9 da matina, almoço de 12 às 13 horas e jantar de 20 às 21 horas. Isso mesmo. No primeiro dia eu achei que o tempo seria curto, mas não foi. Dá para comer sem pressa e ainda conversar com hóspedes, guias e funcionários. 


Vista do rio Juma, a partir do restaurante.

O restaurante tem vista para o rio. Normalmente há opção de peixe e outro tipo de carne. Não deixe de experimentar os peixes da região! Comemos tambaqui, pirarucu e piranha. Piranha foi porque nós pescamos. E já que pescamos, vamos comer! Mas pirarucu e tambaqui são de tirar o chapéu!


Passarela


Nosso pacote de hospedagem foi de 2 noites. Se você tiver mais tempo, fique 3. 

Quanto à bagagem: até 10 kg. 

Bangalô / quarto de hóspede.

Os quartos seguem o mesmo padrão de design interno. O valor varia de acordo com detalhes: vista para o rio ou para floresta; ter ou não água aquecida (água aquecida é detalhe, pois a região é quente). São quarto limpos, amplos e confortáveis. Todos com banheiro privativo. Não se espante se encontrar um ou outro inseto, afinal, você está no meio da mata!


Eu e a macacada!

O hotel possui 4 macacos que adotaram o local. São mansos e carinhosos. Não dê mole com comida perto deles. Vão querer experimentar!


Mônica garantindo o jantar.

Entre os passeios inclusos no nosso pacote, estava a pescaria de piranhas. Reconheço que proporcionalmente nós mais alimentamos os peixes que conseguimos pescar. Eu e minha irmã conseguimos apenas 1 cada. Quem honrou a equipe foi uma senhora japonesa que toda hora dava um gritinho de alegria por ter fisgado mais um!


Piranhas!

E se pescamos...vamos comer! A equipe do hotel preparou pra gente! Bem frito, com limão! Atenção! Tem mais espinhos que carne... Quem me dera ter pescado um tambaqui!!!!



Rio Juma

No meio da tarde, você pode dar um mergulho nas águas do rio Juma. Próximo ao deck de acesso ao hotel. Sim...tem jacaré e piranha, mas neste horário não é normal eles estarem nas proximidades. Depois do entardecer não é aconselhável entrar nas águas.



Passeio noturno pela mata.

Outro passeio é a caminhada noturna. Depois do jantar, pegamos a lancha e fomos em direção a uma região pertencente ao hotel, onde fizemos uma trilha, com guia. No caminho ele foi nos explicando sobre árvores, insetos e os animais da região. O cuidado que se deve ter é ficar atento para não pisar em buracos pelo caminho (cobras, roedores e pequenos mamíferos) e utilizar polainas protetoras, para dificultar picadas de animais peçonhentos.

Polainas

Essas são as polainas utilizadas para passeio na mata. Elas cobrem o tênis, a partir do tornozelo e são fornecidas pelo hotel.

Polainas

Para este passeio: tênis e polainas, calça comprida, lanterna (utilizei aquela de cabeça) e repelente. Quanto à blusa, pode ser comprida ou curta. Utilizei curta mesmo. O calor falou mais alto!

Passeio noturno e um pedacinho da árvore.

Quanto ao calor...Sim é uma região quente. Porém em março a região estava tão quente quanto no sudeste brasileiro. Não achei mais quente que Vitória (ES). Porém o pessoal de Manaus e do hotel nos informaram que lá pra setembro o calor é realmente bem, bemmmmm maior!!!


Arranha céu de formigas!

Durante o dia também é oferecido outro passeio pela mata, finalizando com almoço no local. Gostei mais deste! Muito mais fácil de perceber o local, ver e perguntar sobre tudo que a gente encontra pelo caminho! Essa caminhada de dia é mais longa. Demora umas 4 horas, mas não chega a ser cansativa.


Chão totalmente coberto por folhas e outros restos vegetais.

No caminho, confirmações sobre aquilo que você aprendeu na escola e nos documentários da TV! O chão é difícil de achar, tamanha é a quantidade de folhas cobrindo o solo (uns 15 a 20 cm de folhagem até chegar ao solo). Descobrir qual árvore pode ser utilizada para beber água em caso de aperto e muitas outras informações que foram novidades para mim.


Vespa do babaçu. Em caso de fome: coma.

E que tal comer umas larvas de vespa, em caso de fome? Tá vendo essas aí da foto acima? Minha irmã provou e disse que tem gosto de castanha. 



Passeio de barco à remo.

Outro passeio, este antes do jantar, é remar nos igarapós. Aproximadamente 2 horas. O tempo todo acompanhadas pelo guia. Alguns turistas fazem sem coletes. Eu e minha irmã preferimos a sensação de segurança. Durante as remadas pudemos ver um boto cor de rosa. Ele não ficou perto da gente, mas deu para observar várias vezes ele mergulhando e subindo, pelas águas do Juma. 


Focagem noturna de jacaré.

Outro passeio noturno é a focagem de jacarés. Saímos de lancha e fomos até as margens de umas das ilhotas. O guia consegue capturar o jacaré e após imobilizá-los fornece uma pequena palestra sobre as características e hábitos do animal. Depois ele é devolvido às águas.

Uma coisa legal dos passeios noturnos é a visão do céu no meio da mata. Uma escuridão só e aquele céu iluminado de um jeito que não é possível perceber quando se está numa cidade grande. Se tiver a oportunidade, não deixe de olhar para o céu!

Frutas da região.

De manhã fomos conhecer a casa de um dos ribeirinhos. Tudo muito simples e com uma boa variedade de frutas no quintal. Pessoal bem receptivo. Eles nos ofereceram um série de frutas para provar. Todas aprovadas. Na foto acima: babaçu, abiu e pupunha. Lá você pode comprar pequenas peças de artesanato, feitos para complementar a renda familiar. 


Abiu.

Final da caminhada de 4 horas. Na foto, o nível que a água chega no período de cheia do rio.

Um aspecto importante é a questão do mosquito. Na região não é normal encontrar mosquitos. A acidez da água no local atrapalha a vida do inseto. Não precisamos utilizar repelente. De qualquer forma eles recomendam que o turista leve (nós levamos), apesar de informarem que dificilmente utilizaríamos.

Mapa mostrando a distância do Juma até Manaus.


Se hospedar em hotel de selva vale à pena? Sim! Nossa experiência foi positiva. Fomos bem recebidos. Tratadas com atenção e sorriso no rosto. Toda a equipe envolvida foi atenciosa e eficiente: guias, recepção, gerente, equipe da cozinha, motoristas (lanchas, barcos e carros), segurança e pessoal que estava realizando uma série de outros serviços para que o hotel continuasse a funcionar bem.

Caso tenha oportunidade, visite a página do hotel Juma e verifique se o que eles propõem está de acordo com o que você gostaria de fazer numa visita à região amazônica!

Se você tiver experiência de algum outro hotel de selva, comente e divulgue!

Aproveite a viagem!

Rio Juma





sábado, 2 de abril de 2016

MUSEU JUDEU DE BERLIM

MUSEU JUDEU DE BERLIM

Passeio realizado em maio de 2015.

Visitar o museu judeu em Berlim não estava na lista das prioridades. Como não conhecíamos nenhum museu dedicado à história dos judeus, com foco na 2ª Guerra, acabamos por incluí-lo no nosso roteiro. Felizmente o fizemos.

Não é um passeio longo. Gastamos aproximadamente 3 horas, no período da tarde. 

O museu está localizado em dois prédios, um ao lado do outro, na rua Lindenstrabe 9 -14. Fomos de metro, a partir das proximidades do Brandenburg tor e mais tarde descobri que poderíamos ter feito o trajeto em 30 minutos à pé...

O museu me surpreendeu por ter provocado algumas reações inesperadas, além da angústia de ver relatos de como a vida das pessoas pode ser modificada devido à guerra. A própria arquitetura das salas, do jardim, algumas instalações e obras interativas acabam provocando reações como se você (o visitante) também fosse uma das pessoas que está lá, com sua vida exposta. Bem... esta foi minha impressão geral. Vamos às informações uma pouco mais objetivas!

Lá é permitido fotografar, desde que não utilize flash. 

Bolsas, casacos, guardas-chuvas e outros objetos maiores devem ser guardados num guarda-volume, gratuito.

Áudio-guias estão disponíveis, mediante pagamento.

O museu só fecha nos feriados judaicos e no dia 24 de dezembro. Portanto, quando for organizar seu roteiro, verifique a possibilidade de colocá-lo num dia em que outros estarão fechados e...lógico que num dia que não seja feriado para os judeus!

A entrada é pelo térreo do prédio antigo e o circuito da exposição segue para o prédio novo, inicialmente pelo subsolo e depois em direção ao térreo, primeiro e segundo andar. Possui acesso para cadeirantes!

Lá você encontrará documentos pessoais, fotos e outros tipos de informações de pessoas que foram perseguidas, que fugiram ou que foram enviadas para campos de concentração. Além disso, amostra de comunidades de judeus que existiram e ainda existem em território alemão. Também depoimentos (em várias formas) de judeus que se espalharam pelo mundo e adquiram a língua e cultura do local para onde foram e muitos outros aspectos do que é ser judeu no passado e no século XXI.

No museu, me chamou a atenção o jardim...pois a sensação, uma vez nele, é que você está isolado: vê o verde, mas ele não está ao seu alcance. Outra coisa interessante é a instalação "Shalekhet": uma sala fechada, cujo chão está repleto de fechadura. Quando você repara no formato das fechaduras, você percebe que estão simulando faces. Você pode entrar e andar neste chão....É estranho. Decidi entrar para verificar se tinha algo de mais ou se era apenas mais uma instalação que não consigo entender. Resultado: fiquei angustiada! Talvez pelo próprio efeito de está num prédio cheio de memórias que lembram que os seres humanos podem ser perversos uns com os outros...mas a sensação era de que eu estava pisando em corpos. Saí rapidinho!



Algumas outras exposições permite que você deixe mensagens para o mundo, ou para você mesmo. Depende o quão profundo você mergulhe na exposição. 

Neste museu, deu para perceber que o que conheço sobre a história do mundo não passa de algumas folhas do livro de escola.

Se você gostar de visitas guiadas, eles oferecem, aos sábados e domingos, às 11 da manhã e 3 da tarde. Verifique a atualidade das informações no site museu judaico de Berlim

Se for a Berlim e você nunca tiver visitado um museu judeu...não perca tempo: visite este!

Aproveite a viagem.