MUSEU JUDEU DE BERLIM
Passeio realizado em maio de 2015.
Visitar o museu judeu em Berlim não estava na lista das prioridades. Como não conhecíamos nenhum museu dedicado à história dos judeus, com foco na 2ª Guerra, acabamos por incluí-lo no nosso roteiro. Felizmente o fizemos.
Não é um passeio longo. Gastamos aproximadamente 3 horas, no período da tarde.
O museu está localizado em dois prédios, um ao lado do outro, na rua Lindenstrabe 9 -14. Fomos de metro, a partir das proximidades do Brandenburg tor e mais tarde descobri que poderíamos ter feito o trajeto em 30 minutos à pé...
O museu me surpreendeu por ter provocado algumas reações inesperadas, além da angústia de ver relatos de como a vida das pessoas pode ser modificada devido à guerra. A própria arquitetura das salas, do jardim, algumas instalações e obras interativas acabam provocando reações como se você (o visitante) também fosse uma das pessoas que está lá, com sua vida exposta. Bem... esta foi minha impressão geral. Vamos às informações uma pouco mais objetivas!
Lá é permitido fotografar, desde que não utilize flash.
Bolsas, casacos, guardas-chuvas e outros objetos maiores devem ser guardados num guarda-volume, gratuito.
Áudio-guias estão disponíveis, mediante pagamento.
O museu só fecha nos feriados judaicos e no dia 24 de dezembro. Portanto, quando for organizar seu roteiro, verifique a possibilidade de colocá-lo num dia em que outros estarão fechados e...lógico que num dia que não seja feriado para os judeus!
A entrada é pelo térreo do prédio antigo e o circuito da exposição segue para o prédio novo, inicialmente pelo subsolo e depois em direção ao térreo, primeiro e segundo andar. Possui acesso para cadeirantes!
Lá você encontrará documentos pessoais, fotos e outros tipos de informações de pessoas que foram perseguidas, que fugiram ou que foram enviadas para campos de concentração. Além disso, amostra de comunidades de judeus que existiram e ainda existem em território alemão. Também depoimentos (em várias formas) de judeus que se espalharam pelo mundo e adquiram a língua e cultura do local para onde foram e muitos outros aspectos do que é ser judeu no passado e no século XXI.
No museu, me chamou a atenção o jardim...pois a sensação, uma vez nele, é que você está isolado: vê o verde, mas ele não está ao seu alcance. Outra coisa interessante é a instalação "Shalekhet": uma sala fechada, cujo chão está repleto de fechadura. Quando você repara no formato das fechaduras, você percebe que estão simulando faces. Você pode entrar e andar neste chão....É estranho. Decidi entrar para verificar se tinha algo de mais ou se era apenas mais uma instalação que não consigo entender. Resultado: fiquei angustiada! Talvez pelo próprio efeito de está num prédio cheio de memórias que lembram que os seres humanos podem ser perversos uns com os outros...mas a sensação era de que eu estava pisando em corpos. Saí rapidinho!
Algumas outras exposições permite que você deixe mensagens para o mundo, ou para você mesmo. Depende o quão profundo você mergulhe na exposição.
Neste museu, deu para perceber que o que conheço sobre a história do mundo não passa de algumas folhas do livro de escola.
Se você gostar de visitas guiadas, eles oferecem, aos sábados e domingos, às 11 da manhã e 3 da tarde. Verifique a atualidade das informações no site museu judaico de Berlim
Se for a Berlim e você nunca tiver visitado um museu judeu...não perca tempo: visite este!
Aproveite a viagem.
Olá, vi um documentário sobre esse museu, todo arquitetado realmente para passar uma sensação de angustia. Deve ser uma experiência riquíssima conhece-lo! Muito bom o post! Abç.
ResponderExcluirObrigada! Realmente foi uma experiência riquíssima!
ExcluirAbraços!