sexta-feira, 29 de junho de 2018

ALCATRAZ: VISITA AO PRESÍDIO

ALCATRAZ: VISITA AO PRESÍDIO.



Passeio realizado em junho de 2018.

Para visitar Alcatraz, o antigo presídio de segurança máxima de São Francisco, você precisará de um ingresso, que pode ser adquirido na hora ou  comprado previamente pela internet. Recomendo comprar antecipadamente pela internet, pois é um passeio muito procurado e é comum o turista se deparar com a informação de que não há mais saídas para aquele dia.

O passeio é operado  pela empresa Alcatraz Cruises. Apenas ela pode realizar os passeios. Algumas empresas podem vender o ingresso, mas apenas a Alcatraz Cruises realiza o passeio. Comprei direto com eles pelo site da empresa. Não tive qualquer problema comprando através do site. A cobrança veio pelo cartão e imprimi os bilhetes, ainda no Brasil. Você ainda pode optar em apenas obter o recibo, mas nesse caso precisará trocar pelo bilhete, lá na bilheteria física, que fica no Pier 33. Se você tentar embarcar com o recibo e não com o bilhete, você será barrado na hora e terá que correr para trocar o bilhete (vi isso acontecer).



 Caso você faça como eu (chegue ao local - pier 33) com o bilhete impresso, bastará se dirigir até a fila para embarque. Existem várias filas, mas são todas com placas, indicando a razão de cada uma. Caso tenha dúvidas, mostre o seu tíquete para a pessoa da bilheteria e ela te indicará qual das filas deve pegar. No meu caso (já com o bilhete), a fila era a com a palavra 'BOARDING".

Se você for comprar para mais de uma pessoa e pagar no mesmo cartão, todos os bilhetes aparecerão com o seu nome. Em junho de 2018 era assim mesmo.

Como regra geral, todas as vezes que for realizar uma compra de ingresso ou reserva de hotel, pela internet, leve o cartão no qual a compra tenha sido realizada. Eles costumam avisar na página em que está sendo efetuada a compra, que podem pedir o cartão para confirmar a negociação. Já pediram para mim algumas vezes.



Na placa que indica a fila, aparecerá o horário da próxima partida. Este horário estará impresso no seu bilhete. Compareça com 30 minutos de antecedência e esteja munido de passaporte e o bilhete de embarque. Antes de começar a embarcar eles pedirão que cada viajante porte um bilhete, para facilitar a contagem. Isso porque algumas famílias costumam entrar com uma pessoa portando todos os bilhetes, que foram impressos numa folha única e na hora de entrar fica aquele amontoado de gente e o fiscal tendo que separar e contar as pessoas. Portanto, para que o fluxo seja mais contínuo, cada um com seu bilhete e a fila andará mais rapidamente. Este pedido é apenas uma solicitação de delicadeza para com os visitantes, pois algumas pessoas não entendem o pedido, que é feito apenas em inglês, e entregam todos os bilhetes juntos, mas isso não inviabiliza o passeio, apenas gera uma pequena aglomeração que eles tentam evitar.


Não é permitido comer na ilha, nem beber nada além de água. Lanche antes. No próprio pier 33 tem uma lanchonete. Se quiser, pode comer a bordo ou comprar comida e bebida no barco, mas não na ilha de Alcatraz. Além disso fique atento ao tamanho da mochila que irá levar. Bolsas e mochilas grandes não são permitidas. Na placa ao lado da que indica o local de embarque há uma placa avisando isso, com um desenho do tamanho máximo da bagagem permitida. 



Para saber o horário de retorno, também há uma placa, próximo ao local de embarque, indicando os horários de volta. Você pode voltar em qualquer barco, dentre aqueles horários. Fique atento, pois depois de determinado horário (a medida que anoitece) o espaço entre os retornos aumenta.





Todo o passeio dura aproximadamente 3 horas, sendo encurtado ou alongado de acordo com seu interesse pelo local. Mais um motivo para você se precaver quanto à alimentação, já que lá não é permitido comer.



A viagem até a ilha é rápida. Aproximadamente 15 minutos em um barco com 3 andares. Para os neuróticos de plantão, como eu, os salva-vidas ficam embaixo dos bancos, com indicativos de quantos salva-vidas em cada banco.


Neste salão, onde estão os chuveiros, é que são distribuídos os áudio-guias.

A ilha é gerida pela rede de parques dos Estados Unidos, por isso você será recepcionado pelos Rangers, os guardas-florestais. Uma vez fora do barco, todos se reúnem numa área logo em frente ao desembarque e um Ranger passará as informações iniciais para o grupo, como onde receberão os áudio-guias, áreas que não podem ser acessadas e eventos que podem ocorrer naquele dia, como palestras específicas. Depois desta explicação ele/a guiará o grupo até a região onde receberão os áudio-guias (disponível inclusive em português) e de lá os visitantes farão a visita de forma independente, podendo seguir o roteiro do áudio-guia (já incluído no preço do ingresso) ou não.





As pessoas com mobilidade reduzida tem acesso à sala onde receberão o áudio-guia, através de um veículo, parecido com um trenzinho. Chegando na área da prisão, realizarão um percurso adaptado para recebê-los.

Na ilha há alguns banheiros e uma loja. Sem lanchonetes. Se sua água acabar, tem bebedouro.



Em Alcatraz o vento é poderoso, assim como em toda São Francisco. Não se iluda caso vá no verão e pense que não fará frio. Mesmo que não esteja sentindo frio na cidade, leve um agasalho. Você vai precisar. Avisei.

Conseguem observar que alteraram o brasão americano? Reparem nas listras vermelhas.

Aconselho a todos que vão visitar algum local, que primeiro se informe sobre a história do lugar. A visita fica muito mais prazerosa e proveitosa. Caso não faça nada disso antes, o áudio-guia o ajudará bastante. Muita informação, a medida que avança durante a visitação. Além disso, no Pier 33 existem algumas exposições físicas, com maquete da ilha, placas com história do local e eventos ligados à prisão de segurança máxima.


Em Alcatraz, no deck, esperando o horário de retorno.

Descobrirá que Alcatraz começou como um forte militar e só depois de aproximadamente 80 anos se tornou um presídio. Hoje é um ponto turístico, administrado pelo National Park Service, como parte da Área de Recreação da Golden Gate. Antes de ser englobada pelo serviço Nacional de Parques, ela foi tomada por manifestantes indígenas, que ficaram na ilha de 1969 até 1971.

Lá você observará não apenas as celas dos prisioneiros e os locais frequentados por eles, mas descobrirá algumas histórias dos próprios prisioneiros (Al Capone, George Barnes, os irmãos Anglin e Frank Moris...), além da vida das famílias dos trabalhadores (guardas e oficiais) que trabalhavam na Rocha. 



Poderá ver os jardins espalhados pela ilha. Se você tiver a sorte de passear por lá na primavera, com certeza não tirará fotos apenas do prédio, mas também da enorme variedade de flores que há por lá. Além disso verá muitas aves que fazem da ilha um refúgio.

Se você for visitar São Francisco, inclua Alcatraz no seu roteiro. 

Aproveite a viagem!!!






sexta-feira, 15 de junho de 2018

VENEZA: NOSSO ROTEIRO, HOSPEDAGEM E DICAS.

VENEZA: NOSSO ROTEIRO, HOSPEDAGEM E DICAS.


Viagem em abril de 2018, dois adultos (eu e minha irmã).

Veneza fez parte do roteiro que englobou cidades do centro-norte da Itália. Chegamos à Veneza através do trem regional, a partir de Bolonha. Compramos o bilhete de trem na hora, uma vez que a oferta para trajetos regionais é grande. Compramos através do serviço de auto-atendimento, em máquinas espalhadas pelo salão da estação de trem. Utilizamos a língua espanhola para realizar a compra e pagamos com dinheiro. Mais informações sobre este serviço no post do pralaqueeufui.blogspot. Se precisar de outras orientações sobre deslocamento de trem na região, postei alguns vídeos na página do pra lá que eu fui, no facebook (face).

Assim que saímos da estação de trem, nos deparamos com um pátio que terminava em água. Não deveria ser estranho, afinal Veneza é conhecida por seus canais d'água. Mesmo assim impressionou. Ruas de água, por toda parte.



Quando você pesquisa sobre viagens independentes para Veneza, acaba por encontrar alguns relatos sobre a quantidade de pontes e como isso não é compatível com mala de viagem. Comprovamos. Viajar com muita mala, ou mala pesada para este destino, é muito fora de mão. É um sobe e desce interminável de escadas. Pouquíssimas pontes possuem rampa, o que facilitaria o deslocar com as malas. Por isso recomendo que você viaje com pouca bagagem e que essa bagagem seja fácil de carregar. Caso não seja possível, prepare a musculatura e a paciência. Não tem músculo e paciência? Prepare o bolso e utilize algum dos serviços de táxi e similares existentes, todos feitos por deslocamento em água.

Mesmo ficando num hotel próximo à estação ferroviária (felizmente), enfrentamos um sobe e desce de escadas que irritou. Nosso hotel era um hotel simples, com banheiro compartilhado e café da manhã simples. Sem luxo, mas limpo, silencioso e de acordo com o ofertado no site do Booking.

O hotel que ficamos foi o Dalla Mora, 1 estrela.


Entrada do Hotel Dalla Mora.

Apesar do banheiro ser compartilhado, o quarto possuía uma pia, o que permitia lavar as mãos e escovar os dentes no próprio quarto, o que é de grande praticidade, uma vez que a ideia de banheiro compartilhado pode gerar a imagem redução de conforto.




Caso você também fique em um hotel com café da manhã mais simples, como o nosso, ou sem o café da manhã, você encontrará muitas padarias e variados tipos de restaurantes espalhados por toda a área turística de Veneza. Dificilmente não encontrará algo que o agrade. A única coisa que você deve se informar antes, caso goste de café, é como pedir o café. Isso porque eles (italianos) tem vários tipos de café. Após tentar e errar duas vezes, nós fizemos uma pesquisa na internet e descobrimos o nome do café que queríamos (café com leite). Gravei a frase e repetia toda a tarde em alguma cafeteria, "Latte macchiato". Descubra o seu, escreva em algum canto e na hora fale pausadamente ou mostre o que você escreveu.



Dentro de Veneza você pode utilizar serviços de gôndolas e várias outras espécies de transporte aquático. Nós andamos a pé durante todo nosso circuito. Muito sobe e desce de escadaria, muita verificação em mapas e  alguns quilômetros de canela! A cidade é um labirinto. Se você for daqueles que fica nervoso quando se perde...repense este destino. Veneza enlouqueceria qualquer Teseu. Deixaria João e Maria traumatizados. Felizmente nos perdemos bem pouco, mesmo assim, parávamos toda a hora para verificar se estávamos no caminho certo.


Uma das várias ruas pelas quais andamos.
A parte turística de Veneza tem coisas que podem ser encaradas como encanto ou como desagradáveis. Vai depender do perfil do turista. As ruelas formando labirintos pode agradar se você gostar de se perder pelas ruas e descobrir em cada canto uma loja diferente ou uma arquitetura inusitada, mas também pode fazer com que você se sinta perdido, caso seja uma pessoa objetiva e tenha um ponto de destino que demore a encontrar. Se você é um daqueles que gosta de terra e verde, vai ficar incomodado com a ausência de árvores pelas ruas/calçadas. No final da tarde, muitas crianças brincando no concreto. Em compensação a parte de cima das casas sempre tem um vaso com um arbusto. Para encontrar verde no chão, na área turística, só no Jardim da Bienal, que você acessa a partir do Palácio Ducal, passando em frente da Ponte dos Suspiros e caminhando em direção à Ilha de Santa Helena. Se você é uma pessoa que gosta de gente...esse é o lugar! Tem gente pra caramba... Não tente esticar os braços. Lotado!! Agora, se prefere um pouco mais de privacidade e conforto para conhecer os pontos turísticos e quer conhecer os prédios turísticos de Veneza, madrugue. Verifique os horários de abertura daquele local que quer visitar e esteja lá pelo menos meia hora antes. Gosta de história? Quer conhecer a terra de Marco Polo? Por onde Casanova andou? Quer respirar o ar da famosa República de Veneza? Esse é o lugar.


Ponte Rialto.

Caso você não tenha muito tempo em Veneza, ou não quer ficar visitando muitos museus, indico que faça pelo menos a visita à Igreja de São Marcos e aos museus que ficam ao seu redor. Existe um bilhete chamado "Museus da Praça de São Marcos", são quatro museus: Palácio Ducal, Museu Correr, Museu Arqueológico e Quartos Monumentais da Igreja Marciana. E a Igreja de São Marcos? A igreja é de graça, mas com uma boa fila! Para acessar o terraço e os tesouros da Igreja, tem que pagar. Comprei meus ingressos no Palácio Ducal, ao lado da Igreja de São Marcos. Não enfrentei fila pois fui no final do dia e comprei ingressos para o dia seguinte.




















Em frente à Igreja de São Marcos, tem um Campanário. Praticamente todas as cidades italianas possuem um campanário. Não subimos este pois já havíamos visitado o Campanário de Florença. O Campanário de Veneza pode ser acessado de elevador, o de Florença apenas de escada. Tanto o de Florença quanto o de Veneza tem visitação paga.

Igreja de São Marcos e Campanário.
Para visitar a Igreja de São Marcos, você precisará deixar sua bolsa (caso tenha uma) num guarda-volumes, que fica numa rua à esquerda de quem está de frente para a Igreja. Fica numa ruela, mas fácil de identificar pelo volume de pessoas em busca do local. Fica na rua do lado direito do prédio do relógio astrológico, se você estiver de frente para o relógico. Esse relógio (lindíssimo) da foto aí de baixo.



Depois de guardar sua mochila/bolsa, procure a fila em frente à Igreja e espere um pouco. Apesar da fila ser grande, ela não demorou, pois na Igreja você entra e sai em fila indiana. Todo o trajeto é cercado, de modo a ser difícil ficar zanzando lá dentro. Caso queira visitar os tesouros ou terraço, procure por uma fila específica. A Igreja é em estilo Bizantino, com vitrais realmente muito bonitos e o chão com mosaicos que definitivamente chamam a atenção. Se visitar o museu e os tesouros da Igreja, você se deparará com riquezas que foram saqueadas de Constantinopla, inclusive os próprios restos mortais de São Marcos, que foram contrabandeados de Alexandria (Egito), dentro de um barril de banha... No interior da Igreja é proibido fotografar.


Igreja de São Marcos.


O Palácio Ducal é realmente impressionante. Antiga sede dos Doges e da magistratura veneziana, com acesso para as prisões e para a famosa última vista dos prisioneiros, a partir da Ponte dos Suspiros. 





As prisões chamam a atenção, com suas celas bem preservadas, que viviam lotadas. Apenas como curiosidade, Casanova conseguiu escapar de lá, fugindo pelo telhado.


Prisão do Palácio Ducal


Prisão do Palácio Ducal.


A ponte dos Suspiros é vista pelo lado de fora do Palácio Ducal, mas o visitante passa pelo seu interior, durante a visita ao Palácio com suas prisões. A ponte possui dois corredores, é totalmente coberta e liga o Palácio às prisões novas. Na Ponte existem frestas que permitia ao prisioneiro avistar a perdida liberdade, quando saía da sala onde recebia a sentença e se dirigia às prisões (quentes no verão e úmidas em qualquer época).



Ponte dos Suspiros.

Toda a arquitetura do Palácio Ducal é grandiosa. Entre os trabalhos encontrados no local, destaque para Tintoretto, Veronese e seus discípulos.




Os museus Correr, Arqueológico e a Biblioteca são conectados fisicamente. O Correr tem coleção de objetos que narram a história de Veneza, desde sua fundação até sua adesão à Itália, no século XIX. Lá verá muitas referência à Napoleão Bonaparte, uma vez que Veneza fez parte do seu Império, além de referências austríaca, pois também a cidade já pertenceu à Áustria.



 Já a Biblioteca Marciana possui uma das maiores coleções de manuscritos do mundo. Muitas de suas obras vieram de Constantinopla, quando esta foi tomada pelos otomanos.




Para visitar todo o complexo, gaste pelo menos uma tarde e dependendo do seu interesse pelo assunto, vá além disso! A loja do Palácio Ducal é ampla e com um bom acervo de livros e outros tipos de lembranças.



Caso disponha de mais tempo, visite a Torre do Relógio (visita guiada) e faça o Itinerário Secreto do Palácio Ducal, que também é guiado. Se for incluir algum desses passeios, fique atento, pois você poderá economizar, uma vez que é possível combinar os outros museus com este e assim diminuir o valor dos ingressos.





Veneza não é uma cidade fácil de ser visitada, porém sua história prende a atenção do turista e seu visual foge do comum. Leia sobre o destino, programe-se e aproveite a viagem!!















Veneza vista a partir do Jardim da Bienal.