sexta-feira, 2 de novembro de 2018

MILÃO: 1 OU 2 DIAS. O QUE FAZER EM POUCO TEMPO?

MILÃO: 1 OU 2 DIAS. O QUE FAZER EM POUCO TEMPO?

Duomo de Milão.

Viagem em março de 2018. Dois adultos.

Milão serviu como porta de entrada e de saída, numa viagem de 15 dias pelo centro-norte da Itália. Hospedagem e o que fazer foi vinculado a este fato, de modo a facilitar nosso deslocamento de chegada e saída.

Como chegamos pelo aeroporto de Linate, que é um aeroporto pertinho do centro de Milão, pudemos nos hospedar próximo ao centro histórico (uns 15 minutos à pé do Duomo) e foi fácil chegar até a hospedagem através de um ônibus convencional, que liga o aeroporto até o centro histórico da cidade.

Nosso local de hospedagem na chegada foi o Hostel BABILA. Como chegamos lá?  

Hostel Babila

No aeroporto Linate pegamos o ônibus 73, que pára logo em frente ao terminal de desembarque. Ao lado do ponto do ônibus fica uma máquina para comprar o bilhete de viagem. São duas formas de bilhetes: Biglietto ordinario (bilhete normal, de uma viagem de 90 minutos) e biglietto giornaliero (bilhete diário, 24 horas de viagem). Todos os dois servem para metrô, ônibus e bonde. Compramos dois bigliettos ordinarios, validamos numa máquina que fica dentro do ônibus e seguimos até a parada "corso di porta vitoria". Sabíamos qual a parada de ônibus nos interessava pois fiz uma pesquisa na página do hostel, que indicava como chegar e verifiquei o trajeto no google maps. Dentro do ônibus há um placar luminoso indicando o nome de cada parada. Além disso as paradas são cobertas e seu nome está escrito no topo da cobertura do ponto. De lá, fomos à pé até o hostel.


No Babila ficamos num quarto feminino para 4 mulheres, com banheiro privado. As camas eram modelo beliche. No quarto havia um cofre/pequeno armário para cada hóspede, além de roupa de cama e de banho. O banheiro era amplo e tanto o quarto quanto o banheiro eram limpos e modernos, com aspecto de recém reformado.


O hostel serve café da manhã, incluso como opção de hospedagem e também serve almoço, mas não almoçamos lá. Ele fica numa região com muitas escolas e a área é frequentada por famílias levando e trazendo crianças, além de professores e estudantes.

O hostel me causou boa impressão. Ambiente limpo, com serviço de bar/lanchonete, aspecto moderno e equipe eficiente. O metrô fica a uns 5 minutos à pé.


Para ir até a Estação Central, local de onde partiria nosso trem até nosso próximo destino, Florença, pegamos o metrô na Estação Babila, que fica a uns 5 minutos do hostel. Havíamos analisado a malha de metrô milanesa e por isso já tínhamos a projeção mental das conexões que precisaríamos fazer. O bilhete para utilizar o metrô pode ser comprado na própria estação de metrô ou em bares/lanchonetes, com a letra "T" estampada na porta, ou pendurada, como uma plaquinha.

Quando retornamos à Milão, para nos preparamos para a volta ao Brasil, ficamos no hotel Dover. Este hotel fica um pouco mais longe do Duomo, em comparação ao Babila, mas fica igualmente perto do acesso ao ônibus que leva ao aeroporto Linate, nosso destino.

Banheiro privativo, hotel Dover.

Hotel Dover é um hotel convencional, pequeno, bem limpo, com aspecto moderno e equipe educada. Nossa diária incluía café da manhã (simples) e nosso quarto possuía banheiro privado.

Não existe metrô próximo ao hotel Dover (em 2018). O metrô mais próximo é o da praça San Babila, que fica a uns 15 minutos à pé.

No curto tempo que ficamos em Milão pudemos visitar os seguintes pontos:

1- Catedral de Milão / Duomo.


Assim como a maioria dos mortais, não suporto filas, mas tive que encarar quase duas horas para entrar na Catedral de Milão.


O bilhete não é adquirido no prédio do Duomo e sim num prédio ao lado, na esquina da Via Palazzo Reale com a via Carlo Maria Martini ou no outro lado do prédio, de frente para a Piazza Duomo.


Existem dois tipos de ingressos modelos Pass (tipo de combo). Todos os dois com as mesmas atrações: Catedral, terraço, museu da Catedral, área arqueológica e Igreja de São Gotardo. A diferença no preço é devido à forma de acesso aos terraços (à pé ou de elevador).


Caso queira visitar apenas a Catedral ou apenas o terraço ou só a área arqueológica, existem bilhetes específicos para isso. 

O museu da Catedral e a Igreja São Gotardo ficam no prédio onde você compra o bilhete. A área arqueológica e o terraço ficam no próprio Duomo. Mas atenção! Para acessar o terraço, você enfrentará outra fila, em local diferente à que você utilizou para entrar na Catedral. E sim...ela também é longa!


Uma vez no interior do Duomo você pode alugar guias de áudio, que são pagos à parte.


Para entrar na Catedral, assim como em qualquer (ou pelo menos na maioria) dos estabelecimentos religiosos da Itália, você não pode utilizar roupas decotadas. Em alguns lugares você encontrará avisos indicando onde pode adquirir mantos para se cobrir. Também não poderá entrar com malas, capacetes (mesmo os de bicicleta), guarda-chuvas, pau de self e comida.


Em muitos lugares, como o Duomo, há guardas que pedem para você esvaziar os bolsos e fazem revistas em sua bolsa de mão.


O ponto alto (sem trocadilhos) é o terraço, com seus pináculos e a proximidade com as estátuas.


No interior da Catedral você encontrará no chão o meridiano da Catedral (calendário solar) e um dos vários pregos que alegam ser da Cruz de Jesus Cristo. 

2- Castelo Sforzesco.


Castelo, fortaleza e vários museus. Você encontrará tudo isso neste local. 

Obras de vários artistas, entre eles, Michelangelo e Leonardo Da Vinci, além de coleções da Idade Média, do renascentismo e exposições egípcias.


Na loja do museu, livros e vários outros artigos que vão te levar para dentro dos livros de história.

O castelo começou como fortaleza e teve sua construção iniciada pela família Visconti. Depois passou, por casamento, para as mãos dos Sforza, que por guerras, o perdeu para franceses, austríacos e outros povos, inclusive para o senhor Napoleão. Nesse vai e vem, serviu até de prisão para os próprios cidadãos de Milão. Só voltou a ser reconstruído e tratado como uma obra de arte, depois da Unificação da Itália.

Depois da visita ao local, você pode esticar um passeio na grande área verde que há atrás do Castelo, o Parque Sempione. Dentro da área do parque fica o Aquário da cidade, que só recomendo caso tenha crianças pequenas.

O castelo abre todos os dias, mas os museus não abrem às segundas-feiras, nem em alguns dias festivos.

3- Galeria Vittorio Emanuele II.


A galeria merece a visita pelo seu aspecto arquitetônico e histórico. Uma grande passagem coberta que liga a praça do Duomo à praça do Teatro Scala. 

Uma arcada dupla, de quatro andares, teto de ferro e vidro, com lojas, cafés e restaurantes luxuosos. Um verdadeiro shopping center da riqueza. Chão decorado em mosaico, com brasões e signos do zodíaco.


Foi atingida durante a Segunda Guerra Mundial e passou por algumas reconstruções, sendo a última em 2015.

Observações:

1- Se você for ficar mais tempo em Milão, recomendo avaliar a compra de bilhetes que permitem visitar várias atrações e utilizar o transporte público da cidade. Como não foi nosso caso, não adquirimos este tipo de cartão, mas li relatos que o apontam como proveitoso. Um deles é denominado Milano Card.

2- Para visitar o painel da Última Ceia, de Leonardo da Vinci (Cenacolo Vinciano), você precisará marcar pela internet, com muita antecedência. Tentei com 3 meses e não tive sucesso.


Milão possui vários museus que merecem ser visitados, o famoso Teatro Scala e inúmeras igrejas. Prepare seu itinerário de acordo com o dia da semana, pois muitas atrações podem estar fechadas. Fique atento ao tempo que dispõe e de acordo com isso monte a programação mais de acordo com seu gosto.

Leia, programe-se e aproveite a viagem!!

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