Guatemala 5: Tikal
O terminal de La Aurora, para voos com destino à Tikal, fica um pouco mais afastado do complexo principal. O local parece um hangar
para aviões particulares. Os aviões são menores. Voamos num modelo ATR-42 da TACA,
com 42 assentos. É um turbo-hélice e nós nunca havíamos viajado num desses. O único inconveniente para turista é
a bagagem. Devido ao tamanho da aeronave achamos melhor deixar as malas no
hotel na Cidade de Guatemala, uma vez que voltaríamos para lá, e viajamos com
uma bolsa de mão, com aquilo que achávamos que iríamos precisar. Fizemos isso
pois conhecemos alguns relatos de pessoas que voaram em aeronaves de pequeno
porte e que além de pagar pelo excesso de peso, chegaram no destino sem as
bagagens. Só no voo seguinte é que chegaram as malas, quando chegaram. Em
Petén, distrito em que está localizado Tikal, o aeroporto Internacional Mundo
Maya, é mais conhecido como Flores, uma vez que este é o nome da cidade.
Modelo ART - TACA |
Uma vez recepcionadas pelo nosso novo guia em
Flores, fomos para o hotel "Villa Maya Hotel". O hotel fica a uns 45
minutos do Parque Nacional de Tikal. Ele fica em
uma reserva natural privada, às margens da lagoa Petenchel e Monifata. O verde
é o que domina. O hotel possui bicicletas para os hóspedes passearem pela área,
mas o calor não permitiu o passeio. O visual é muito agradável. Os quartos
ficam em bangalôs com vista para o lago...e o lago possui algumas placas
avisando para tomar cuidado com os crocodilos. Felizmente ou infelizmente...não
vimos nenhum.
Vista do restaurante do hotel. |
Minha irmã conferindo a existência de crocodilos... |
Perigo: Crocodilos. |
Logo cedo, no dia seguinte, partimos em uma van
para Tikal, com um grupo de turistas argentinos, espanhóis e chilenos. Na
entrada do Parque há uma lanchonete simples e algumas tendas de artesanato. Os
preços são maiores aos encontrados em Chichicastelnango e São Tiago de Atitlán,
portanto tratem de fazer suas compras nas cidades citadas! Afinal de contas seu
quetzal deve ser valorizado!
Entrada do Parque de Tikal. |
Para andar por lá, o melhor é usar calças
compridas, de material confortável, bota ou tênis, também confortáveis, chapéu
ou boné. Não esqueçam do protetor solar, repelente, garrafa de água e máquina
fotográfica. Esses itens são fundamentais para um tour agradável. Se você não
optou por um pacote que inclua o almoço no restaurante, ou decidiu fazer o
passeio sem pacote turístico, prepare alguns lanches para levar, pois a
caminhada é longa e a lanchonete na entrada do parque é bem básica.
Tikal é um passeio obrigatório, mesmo que você já
conheça alguma cidade arqueológica maia. Sempre é uma visão de encher os olhos!
O Parque é grande, com muitas pirâmides, muito verde e muito barulho de macaco.
Os macacos realmente gritam e para quem não é avisado com antecedência acaba
achando que tem algum perigo próximo.
Tikal é melhor que Chichen Itzá, no México, uma vez que em Chichen Itzá as bancas de artesanato invadiram a zona arqueológica, disputando espaço com os templos.
Acesso ao Templo IV. |
O ponto alto é a subida ao topo do Templo IV, com 65
metros de altura e que te coloca acima do nível da floresta. Para chegar até lá
existe uma escada que tornar tudo menos cansativo. Até chegar neste Templo você
terá andado entre vários outros templos, praças e complexos cerimoniais. Receberá
muita informação do guia, identificará estelas, macacos e árvores. Algumas das
árvores possuem um porte que necessita de várias pessoas dando as mãos para
conseguir abraçá-las.
Tikal quer dizer "Lugar de Vozes" ou
"Lugar de Línguas". Foi
declarado Patrimônio cultural e natural da humanidade, pela UNESCO, em
1979. Ocupa uma área de 576Km², porém a área mapeada é de 16 Km². Fizemos um
passeio que durou apenas a manhã, encerrando com almoço no próprio Parque, em
um restaurante de apoio. Porém, o guia nos informou que existem outros passeios
guiados que duram o dia inteiro. Tudo de acordo com o gosto do cliente. Não
importa o tipo de passeio que você for optar, desde que esteja pronto para
caminhar e goste de natureza e arqueologia. Se você for deste tipo terá ganhado
o dia.
Ixpanpajul. |
No dia seguinte retornaríamos para Cidade da
Guatemala apenas no final da tarde e por isso teríamos a manhã livre no hotel.
Optamos por fazer um passeio no Parque Natural Ixpanpajul. O recepcionista do
nosso hotel fez o contato com o Parque,
que enviou um veículo para nos pegar. Este parque possui várias opções de
atividade: Tarzan canopy tour, zip line, Tarzan canopy noturno, safari noturno,
observação de aves, passeios de cavalo... Como nosso tempo era curto, optamos
por zip line, ou seja, arvorismo.
Ixpanpajul. |
Durante todo o trajeto fomos guiadas por dois
instrutores e em cada ponto de troca de árvore tivemos nossa segurança checada.
Como fizemos o percurso próximo às 10 horas, o sol já estava bem quente e por
isso não fomos acompanhadas pelos macacos e pelas aves. Nós gostamos de
arvorismo e se você também gosta ou acha que pode ser interessante...não deixe
de fazer. Não é necessário ter preparo físico. Existem lugares no Brasil que
tem fama de possuir trilhas de arvorismo mais longas. Só conheço uma que existe
na região de Canela e Gramado. Este de Tikal é mais interessante pois é em mata
"quase" fechada. Digo quase fechada pois querendo ou não, mesmo de
forma controlada, já tem a mão do homem.
Atenção! Na região de Tikal, inclusive na área de
nosso hotel, é comum a presença de mosquitos. Não esqueçam do repelente na
bagagem.
Na saída, no aeroporto de Flores, sua bagagem,
tanto de mão quanto a que é despachada, é vistoriada. Não sei se isso é rotina,
mas tivemos que abrir nossas malas, o que sempre gera tensão quando você não
está na sua terra natal.
Aproveite a viagem!
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