terça-feira, 4 de março de 2014

Guatemala 5: Tikal

Guatemala 5: Tikal



O terminal de La Aurora, para voos com destino à Tikal, fica um pouco mais afastado do complexo principal. O local parece um hangar para aviões particulares. Os aviões são menores. Voamos num modelo ATR-42 da TACA, com 42 assentos. É um turbo-hélice e nós nunca havíamos viajado num desses. O único inconveniente para turista é a bagagem. Devido ao tamanho da aeronave achamos melhor deixar as malas no hotel na Cidade de Guatemala, uma vez que voltaríamos para lá, e viajamos com uma bolsa de mão, com aquilo que achávamos que iríamos precisar. Fizemos isso pois conhecemos alguns relatos de pessoas que voaram em aeronaves de pequeno porte e que além de pagar pelo excesso de peso, chegaram no destino sem as bagagens. Só no voo seguinte é que chegaram as malas, quando chegaram. Em Petén, distrito em que está localizado Tikal, o aeroporto Internacional Mundo Maya, é mais conhecido como Flores, uma vez que este é o nome da cidade.



Modelo  ART - TACA


Uma vez recepcionadas pelo nosso novo guia em Flores, fomos para o hotel "Villa Maya Hotel". O hotel fica a uns 45 minutos do Parque Nacional de Tikal. Ele fica em uma reserva natural privada, às margens da lagoa Petenchel e Monifata. O verde é o que domina. O hotel possui bicicletas para os hóspedes passearem pela área, mas o calor não permitiu o passeio. O visual é muito agradável. Os quartos ficam em bangalôs com vista para o lago...e o lago possui algumas placas avisando para tomar cuidado com os crocodilos. Felizmente ou infelizmente...não vimos nenhum.

Vista do restaurante do hotel.
Minha irmã conferindo a existência de crocodilos...
                                                                 
Perigo: Crocodilos.












Logo cedo, no dia seguinte, partimos em uma van para Tikal, com um grupo de turistas argentinos, espanhóis e chilenos. Na entrada do Parque há uma lanchonete simples e algumas tendas de artesanato. Os preços são maiores aos encontrados em Chichicastelnango e São Tiago de Atitlán, portanto tratem de fazer suas compras nas cidades citadas! Afinal de contas seu quetzal deve ser valorizado! 

Entrada do Parque de Tikal.
Para andar por lá, o melhor é usar calças compridas, de material confortável, bota ou tênis, também confortáveis, chapéu ou boné. Não esqueçam do protetor solar, repelente, garrafa de água e máquina fotográfica. Esses itens são fundamentais para um tour agradável. Se você não optou por um pacote que inclua o almoço no restaurante, ou decidiu fazer o passeio sem pacote turístico, prepare alguns lanches para levar, pois a caminhada é longa e a lanchonete na entrada do parque é bem básica.

Tikal é um passeio obrigatório, mesmo que você já conheça alguma cidade arqueológica maia. Sempre é uma visão de encher os olhos! O Parque é grande, com muitas pirâmides, muito verde e muito barulho de macaco. Os macacos realmente gritam e para quem não é avisado com antecedência acaba achando que tem algum perigo próximo.



                                                                                 











Tikal é melhor que Chichen Itzá, no México, uma vez que em Chichen Itzá as bancas de artesanato invadiram a zona arqueológica, disputando espaço com os templos. 


Acesso ao Templo IV.
O ponto alto é a subida ao topo do Templo IV, com 65 metros de altura e que te coloca acima do nível da floresta. Para chegar até lá existe uma escada que tornar tudo menos cansativo. Até chegar neste Templo você terá andado entre vários outros templos, praças e complexos cerimoniais. Receberá muita informação do guia, identificará estelas, macacos e árvores. Algumas das árvores possuem um porte que necessita de várias pessoas dando as mãos para conseguir abraçá-las.

Tikal quer dizer "Lugar de Vozes" ou "Lugar de Línguas". Foi  declarado Patrimônio cultural e natural da humanidade, pela UNESCO, em 1979. Ocupa uma área de 576Km², porém a área mapeada é de 16 Km². Fizemos um passeio que durou apenas a manhã, encerrando com almoço no próprio Parque, em um restaurante de apoio. Porém, o guia nos informou que existem outros passeios guiados que duram o dia inteiro. Tudo de acordo com o gosto do cliente. Não importa o tipo de passeio que você for optar, desde que esteja pronto para caminhar e goste de natureza e arqueologia. Se você for deste tipo terá ganhado o dia.


Ixpanpajul.
No dia seguinte retornaríamos para Cidade da Guatemala apenas no final da tarde e por isso teríamos a manhã livre no hotel. Optamos por fazer um passeio no Parque Natural Ixpanpajul. O recepcionista do nosso hotel fez o contato  com o Parque, que enviou um veículo para nos pegar. Este parque possui várias opções de atividade: Tarzan canopy tour, zip line, Tarzan canopy noturno, safari noturno, observação de aves, passeios de cavalo... Como nosso tempo era curto, optamos por zip line, ou seja, arvorismo.


Ixpanpajul.
 Durante todo o trajeto fomos guiadas por dois instrutores e em cada ponto de troca de árvore tivemos nossa segurança checada. Como fizemos o percurso próximo às 10 horas, o sol já estava bem quente e por isso não fomos acompanhadas pelos macacos e pelas aves. Nós gostamos de arvorismo e se você também gosta ou acha que pode ser interessante...não deixe de fazer. Não é necessário ter preparo físico. Existem lugares no Brasil que tem fama de possuir trilhas de arvorismo mais longas. Só conheço uma que existe na região de Canela e Gramado. Este de Tikal é mais interessante pois é em mata "quase" fechada. Digo quase fechada pois querendo ou não, mesmo de forma controlada, já tem a mão do homem.




Atenção! Na região de Tikal, inclusive na área de nosso hotel, é comum a presença de mosquitos. Não esqueçam do repelente na bagagem.


Na saída, no aeroporto de Flores, sua bagagem, tanto de mão quanto a que é despachada, é vistoriada. Não sei se isso é rotina, mas tivemos que abrir nossas malas, o que sempre gera tensão quando você não está na sua terra natal.

Aproveite a viagem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário