quarta-feira, 5 de março de 2014

Guatemala 6: Cidade da Guatemala

Guatemala: Cidade da Guatemala


Museu Arqueológico Cidade da Guatemala.








A cidade é dividida em zonas numeradas. A zona mais turística é a zona 10, também conhecida como zona viva e é a mais cara. Para conhecer alguns pontos da cidade, fizemos um city tour, com um guia independente.
"Favela" guatemalteca.

Conhecemos o bairro nobre, com seus casarões e habitantes de ascendência européia. Depois o guia nos mostrou onde ficava a favela guatemalteca. Os dois mundos. Tudo com explicações sociais e econômicas, com destaque para a guerra civil que tomou conta do país. Um prato cheio para quem não quer apenas ver, mas também entender. 



Passeata GLS.


Fomos até o centro comercial e conhecemos os principais prédios do governo. Ficamos presos numa passeata de apoio ao público GLS. 








Conhecemos o Mercado Municipal, com seus andares de comida e artesanato. Esse mercado é melhor que o de Antígua e merece um tempo maior de passeio. Lá conhecemos e provamos frutas novas, milho dos mais variados formatos, cores e tamanhos, e doces que infelizmente não me recordo mais o nome. 


Produtos do Mercado Municipal












Na praça principal vimos o Palácio do Governo e entramos na Catedral da Cidade, com portões de ouro no seu interior e pobres sentados na escadaria da entrada. Somos o mesmo povo.

Palácio do Governo.

Catedral da Cidade da Guatemala.



Museu Arqueológico.
Encerrando a manhã, o guia nos deixou no Museu Arqueológico da Guatemala. Combinamos que nos pegaria em duas horas e assim passamos o resto da manhã e início da tarde, entre estátuas, estelas, maquetes de cidades maias e pedaços de pirâmide. A própria história da construção do Museu demonstra a situação de dominação e opressão que o povo guatemalteco enfrenta e enfrentou no passado. Ele foi construído para servir de local para as festas de aniversário de um dos presidentes do país. As festas duravam dias e os convidados definitivamente não eram representantes reais do povo.


Museu Arqueológico.



O dia seguinte foi o dia do retorno. Tristes por deixar o país, porém felizes por voltar para casa. Sempre um paradoxo.






No aeroporto passamos pela revista mais minuciosa de nossa viagem. Já na área dos portões de embarque, após passar por todos os pontos convencionalmente conhecidos por revistas de bagagem e análise de documentos, precisamos entrar em uma fila e todos os passageiros tiveram sua bagagem de mão exaustivamente checada. Percebemos que os demais passageiros estavam achando aquela vistoria estranha e muitos questionaram. Nenhuma resposta foi dada. Os guardas permaneceram calados e no máximo se limitaram a dizer que era uma operação de rotina. Pela expressão facial dos demais viajantes, aquela não era uma inspeção de rotina. De qualquer forma o único inconveniente para todos os que lá estavam foi o permanecer em pé por mais tempo e suportar o calor.

Apesar das questões sociais, o povo guatemalteco é sorridente, principalmente no interior. Muita simplicidade nas posses, mas sempre um sorriso na boca e nos olhos. Muito educado. Essa educação não aparenta ser para vender o turismo. Parece que realmente  está satisfeito com a vida e com o dia. O que não significa conformismo ou passividade, pois a história recente deles mostra uma guerra civil que tirou de quem tinha pouco e de quem tinha quase nada. O acordo de paz que pôs fim à guerra civil de 36 anos foi assinado em 1996. As mudanças aconteceram, mas assim como nós, a Guatemala tem muito o que mudar no campo social e econômico. No turismo, são de tirar o chapéu.


Aproveite sua viagem!
Obs: Mais uma vez, agradecimentos à Carine!


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