quinta-feira, 25 de maio de 2017

BRAGA E GUIMARÃES: BATE E VOLTA DE PORTO.

BRAGA E GUIMARÃES: BATE E VOLTA DE PORTO.
Guimarães.

Viagem em março de 2017, em três adultos.

Nosso roteiro incluiu conhecer as cidades de Braga e Guimarães, no norte de Portugal. Nosso ponto de partida foi Porto, onde ficamos hospedados por 4 dias.

Após analisarmos nossas opções, decidimos contratar um guia para nos levar num passeio de um dia,  de bate e volta de Porto, às cidades de Braga e Guimarães.


Sala de armas. Paço dos Duques. Guimarães.

Encontramos em alguns posts, indicações de como fazer este passeio de modo independente, utilizando o transporte público, mas a fim de otimizar o tempo e combinar com o conforto, optamos por uma empresa privada que nos pegasse em Porto, fizesse o serviço de guia e nos devolvesse à cidade de Porto, no final do dia.

Utilizamos o serviço do Portoalities, de Sara Riobom. Descobri esta página através de andanças na internet e felizmente não fomos pegos por um site falso. Sara realizou o serviço conforme combinado! O pagamento é feito de forma antecipada, via internet e existem alguns roteiros prontos na página dela. É só fazer o contato e combinar detalhes de onde e quando pegar, o que ver e qualquer outra informação. Ela se mostrou de fácil acesso para esclarecer o serviço e foi ela mesma quem fez todo o trajeto conosco. O site é este aqui. Provavelmente existem outros confiáveis, mas foi este o que utilizamos e por isso é o que recomendo.
Da direita para esquerda: eu, minha irmã e Sara do Portoalities, no Paço dos Duques de Bragança.

Sara nos pegou pela manhã, próximo ao nosso apartamento e fomos direto à Guimarães.


Entrada do Paço dos Duques de Bragança, com estátua de Afonso Henriques. Guimarães.

Guimarães é considerada a primeira capital de Portugal e foi lá que nasceu o primeiro rei deste país: Afonso Henriques. Seus pais, "donos" do condado portucalense eram: pai francês (Dom Henrique) e sua mãe (Dona Teresa) era de Leão (atual Espanha). O condado foi passado para Dona Teresa quando do casamento com Dom Henrique, que foi para a região lutar contra os muçulmanos. Se você se interessar pelo assunto, descobrirá que Dom Afonso Henriques brigou com a mãe e se auto coroou rei, conquistando muitas terras até chegar bem próximo ao atual contorno geográfico do país.


Capela, no Paço dos Duques.

O centro histórico da cidade é considerado Patrimônio Mundial da Humanidade e lá se encontra o Paço dos Duques de Bragança, Capela de São Miguel do Castelo, Praça da Oliveira, Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e Castelo de Guimarães. 


Teto e tapeçaria, no Paço dos Duques de Bragança.

O Paço dos Duques foi construído no século XV e sofreu com o tempo, tendo partes reconstruídas. Atualmente abriga um museu no primeiro andar e no andar superior é dedicado ao presidente da República, quando está no norte de Portugal. Quem mandou construir foi Dom Afonso I de Bragança. Destacam-se as tapeçarias encontradas no local e o teto de uma das salas, que remete ao casco de um navio.



Quanto ao Castelo de Guimarães, ele está localizado logo ao lado do Paço dos Duques. O castelo foi construído por ordem da condensa, viúva, Mumadona Dias, como forma de afirmar seu poder feudal, além de proteger o mosteiro edificado na área baixa da cidade, assim como a população das redondezas.


Castelo de Guimarães.

Quanto à Capela de São Miguel do Castelo, é uma pequena capela da qual se diz ser o local onde foi batizado o primeiro rei de Portugal. Lógico que há controvérsias, mas o local leva esta fama! Seu estilo é românico e é bem simples quanto a decoração.


Capela de São Miguel do Castelo.

Para informações do Castelo, Paço e Igreja de São Miguel, quanto a horário de abertura, ingressos e outros detalhes para programar sua visita, basta clicar aqui.

Igreja Nossa Senhora da Oliveira.

Ainda em Guimarães, já mais próximo ao centro comercial e histórico da cidade, visitamos a Praça da Oliveira e a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira. A igreja também foi construída por ordem da Condensa Mumadona, inicialmente como um mosteiro. Em estilo gótico, com vários acréscimos, sendo possível identificar estilos manuelino, clássico e neoclássico. Carrega o nome de "oliveira" devido a uma oliveira plantada logo em frente à igreja e que também dá nome à praça. Essa oliveira não é a original. Foi plantada e replantada num total de 3 vezes e todas as datas estão marcadas no canteiro ao seu redor.


Oliveira.

A história da oliveira poderia ser resumida assim: Na época dos Godos, um comum lavrador foi convocado a se tornar o novo rei. Ele se recusou e disse que só se tornaria rei se aquela vara que ele segurava (um ramo de oliveira), ao ser fincada no chão, desse ramos e folhas. Plim plim! Como mágica surgiu uma oliveira e o lavrador virou rei. Em 1342 a oliveira secou e um fiel de Lisboa resolveu doar uma cruz que foi colocada em frente à igreja, sob o padrão do Salado. Foi colocar a cruz que a oliveira voltou à vida. O tempo passa e a Câmara Municipal decide retirar a oliveira pois ela estava atrapalhando a passagem das carruagens (urbanismo x verde x religiosidade). O povo não quis e a gestão municipal aproveitou a noite para cortar a árvore. O povo enfureceu mas assim ficou, sem a árvore. Em 1985 a mesma Câmara resolveu plantar nova oliveira (acredito que por motivos turísticos, mas isso é opinião minha) e está lá até hoje (pelo menos até minha visita em março de 2017). Fim!


Salado, a cruz e parte da Oliveira.

Do Paço dos Duques à Praça da Oliveira não gastamos mais que 10 minutos à pé.

Almoçamos em Guimarães e lá partimos para Braga, onde conhecemos a Sé da cidade. 

Almoçamos em um típico restaurante da região, desses que trabalhadores frequentam no horário de almoço. Muito interessante como o sistema de self-service é praticamente desconhecido (ou desprezado) por lá. Na hora do almoço, você senta e um garçom providencia seu pedido, no estilo à la carte, só que rápido. Normalmente com entrada e vinho como rotina. Pelo o que entendi o horário de almoço é para almoçar e respirar. Não apenas para encher a barriga e voltar correndo para o escritório. Com antecedência, Sara falou que poderia reservar um restaurante um pouco mais caro e elegante, que exigiria reserva ou poderia nos levar em um mais simples, mas com comida muito boa também. Optamos pelo mais simples, cujo padrão estético é bem similar aos nossos restaurantes self-services de boa qualidade. Quanto à qualidade da comida...Portugal é um show! Comemos bem em todos os lugares que fomos. Aqui não foi diferente.

Em Braga fomos direto para a Sé.


Sé de Braga.

Braga é considerada a cidade mais antiga de Portugal (fundada em 16 a.C. como Bracara Augusta) e é também o maior centro de estudos religiosos de Portugal.



A cidade foi reconstruída no século XI, ao redor da Sé. Esta Sé foi criada sob os restos de um antigo templo à deusa Ísis. Durante a visita que lá realizamos, pudemos observar a série de reconstruções religiosas que são sobrepostas, de acordo com o poder vigente. O passeio à Sé é feito com um guia da própria igreja, o que torna o passeio ainda mais prazeroso, pois você pode perguntar a quem realmente respira e estuda sobre o local.



Na Sé encontram-se os túmulos do Conde Henrique de Borgonha e Condessa Teresa de Leão, pais do primeiro rei de Portugal.


Conde Henrique e condensa Teresa, pais do primeiro rei de Portugal.

No final do dia retornamos a Porto. Todo o tour deve ter durado algo em torno de 8 horas. 


Sé de Braga.

Caso você disponha de mais tempo para ficar na região, estique este passeio, pois há muito o que ver e fazer por lá, além do que descrevi!
Paço dos Duques, Guimarães.

Se possível, leia sobre a história da cidade. Muitos detalhes irão te chamar a atenção!

Planeje-se! Aproveite a viagem!

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