segunda-feira, 14 de novembro de 2022

CASTROLANDA E CARAMBEÍ COM CRIANÇAS

CASTROLANDA E CARAMBEÍ COM CRIANÇAS


Este passeio fez parte de uma viagem à Curitiba em janeiro de 2022, com um adulto, uma criança de 10 anos e uma adolescente de 15 anos.

O passeio foi contratado da empresa Special Paraná Turismo e incluiu, além das suas cidades com colonização holandesa, o Parque Estadual de Vila Velha.

Nesta postagem nossas impressões e sugestões da passagem em Castrolanda e Carambeí.

Empresa de turismo

A viagem de Curitiba até as cidades citadas é possível de ser realizada em carro próprio. Mesmo assim optei por contratar o serviço de uma empresa do ramo de turismo pelo conforto e praticidade diante da minha equipe de viajantes e do que eu gostaria de aproveitar em um único dia.

Através de pesquisa na internet descobri a Special Paraná Turismo e achei que o custo benefício da sua proposta estava de acordo com o que eu queria.

Toda a contratação e pagamento foram realizados por whatsapp.

Nosso pacote incluía viagem privativa em carro de passeio com guia turístico, começando pelo Parque Estadual de Vila Velha (aproximadamente 1 hora de Curitiba) onde passamos toda a manhã e de tarde partimos para Carambeí e Castrolanda. No final, o guia nos deixou de volta no hotel em Curitiba.


Foi um passeio muito proveitoso, com direito a informações constantes, pois qualquer curiosidade nosso guia estava pronto para ajudar. Além disso ele se mostrou muito atencioso e paciente com meus filhos.

Recomendo sem pestanejar!

Castrolanda


O distrito/colônia de Castrolanda pertence à cidade de Castro. 

No local foi construído um conjunto de obras para destacar a colonização holandesa da região. O destaque turístico fica para o moinho de vento e o museu histórico.

Tudo muito bem distribuído, conservado e com funcionários que informam sobre toda a estrutura.


Inicialmente visitamos o moinho que teve suas partes construídas na Holanda, como uma réplica do moinho encontrado na cidade de Drenthe. São 4 andares e é permitida a visitação em toda sua área. Mas saiba que o acesso é feito por escadas pequenas (para algumas crianças isso já é um grande atrativo)

Logo no térreo tem um realejo bem grande que eles nos mostram como funciona e que chama muito a atenção das crianças. Nos demais andares você encontrará informações sobre o funcionamento de um moinho, vestuário de época e demais objetos da época da colonização. Na saída você passará por um restaurante que pertence ao moinho.

A uns poucos metros do moinho está localizado o museu histórico da colônia.


Inicialmente você assistirá um vídeo de 10 minutos aproximadamente com informações da colonização e ficará sabendo como foi o início da vida dos colonos.

Depois do vídeo você tem acesso ao museu que funciona como um grande galpão totalmente estruturado com divisões que reproduzem o cotidiano dos holandeses quando começaram a viver por lá. 


Tem reprodução de salas de aula, cozinhas e uma série de objetos do dia a dia. Um acervo muito variado e rico. Muitos dos objetos foram doados pelas famílias dos colonizadores que aparecem no vídeo do início do passeio.

Carambeí  (Parque Histórico de Carambeí)


A distância entre Carambeí e Castrolanda é de aproximadamente 30 km. Num pulo vai de uma cidade a outra. Apesar de ambas terem o foco na colonização holandesa, a combinação das duas num mesmo passeio vale muito à pena devido a forma como seu acervo é apresentado.

Em Carambeí você visitará um museu a céu aberto. Um memorial da colonização holandesa. É como se estivesse visitando uma pequena cidade holandesa do início do século 20.


Construções históricas intercaladas com uma ampla área verde, que permite aos pequenos correrem pelo espaço externo.

No início o visitante passa por uma pequena ponte pênsil e de cara você tem a sensação que vai entrar num livro de histórias.


Em frente várias construções reproduzindo escolas, residências, igrejas, lojas, celeiros, oficinas, banheiros e outros estabelecimentos. Todos devidamente caracterizados com documentos e objetos da época.


No final da parte que representa a vila inicia-se o Parque das Águas, que reproduz uma região pesqueira da Holanda. Nesta área é como se você estivesse em outra pequena cidade, com casinhas que mais parecem de brinquedos. Em uma delas você pode comprar queijos!


No final do passeio fomos ao restaurante/lanchonete com banheiro e loja que fica na entrada, próximo ao estacionamento. Bem aconchegante e comida boa.

Não importa se você fará o passeio de uma forma independente ou utilizará os serviços de alguma empresa de turismo. O que recomendo é que caso tenha a oportunidade, não deixe de conhecer essas cidades.

Programe-se e aproveite a viagem!!





domingo, 18 de setembro de 2022

ROMA COM CRIANÇAS

 ROMA COM CRIANÇAS

Forum Romano

Viagem em janeiro de 2020, com dois adultos e duas crianças (14 e 9 anos).

Este relato faz parte de uma viagem que englobou Roma e outras cidades italianas (Orvieto, Florença, Pádua e Veneza), com direito a bate e volta entre Roma e Óstia e Roma e Bracciano, além do Vaticano. Neste post apenas informações sobre o passeio em Roma. Para informações sobre os demais destinos, acesse os links no final desta postagem.

Na época em que viajamos, a pandemia Covid19 ainda não havia sido declarada. Acredito que a forma de acesso e circulação tenha sofrido modificações e que essas estejam variando de acordo com o estado epidemiológico da localidade. Portanto, ao planejar seu roteiro, verifique nos sites oficiais, dos locais onde pretende entrar, como está sendo feito o acesso.

COMO CIRCULAR

Uma vez em Roma você pode se deslocar através de trens, ônibus, bondinhos, táxi, uber ou à pé. 

Nesta viagem nós optamos por um translado (aeroporto - hotel) que acertei previamente com uma agência com funcionários brasileiros. Com o número de whatsapp da empresa eu pude entrar em contato ainda em Amsterdam, onde fizemos escala, para informar de um atraso em nosso voo. Assim que saímos da área de desembarque encontramos o motorista. Utilizei esse serviço tanto na chegada quanto no retorno para o aeroporto. O site da empresa é este aqui Elmocar.

Para circular em Roma utilizamos o metrô e andamos muito!! A maior parte dos nossos trajetos foi na canela mesmo. As distâncias são possíveis de percorrer à pé, mas alguns trechos são longos. 

ONDE FICAMOS

Primeiro hotel em Roma: 

Nosso roteiro foi construído com chegada em Roma e um dia por lá, seguido de viagem para os outros destinos e retorno à Roma com uma estadia de 5 dias no final. 

No primeiro dia ficamos num hotel que é uma antiga igreja: "Domus Sessoriana". Construção muito bonita e que não tinha nenhum indicativo que era um hotel. Apenas uma porta pequena ao lado da entrada principal da igreja. Hotel simples, sem café e com quarto amplo. Sem luxo. Este hotel fica nos limites dos muros de Roma e é classificado como 3 estrelas.

Pátio em frente ao Domus Sessoriana. A porta grande é a da Igreja e a pequena do meio a do saguão do hotel.

Nas proximidades havia uma boa cafeteria (Café Itália) que funcionou não só para café mas também para a refeição noturna. 

Partindo do hotel, fizemos todo percurso à pé.

Segundo hotel em Roma:

O outro hotel que utilizamos fica próximo à estação de trem Termini. Hotel Téti. A aparência externa do local parece uma sequência de hotéis de rodoviária, o que me causou um receio inicial por estar com duas crianças. Mas é a aparência do estilo de hotéis mais simples da região. Não são hotéis luxuosos (três e duas estrelas), mas oferecem serviço simples e corretos e tem uma aparência interna muito boa. Com café da manhã decente, elevador, venda de água e refrigerantes no saguão, recepcionista até determinado horário da noite e depois apenas um zelador. 

Como o horário do meu voo de volta ao Brasil seria de madrugada, eu acertei o check out com o recepcionista antes do horário dele encerrar o serviço e deixei a chave do quarto com o zelador, sem qualquer intercorrência. 

O banheiro era pequeno e poderia ser incômodo para uma pessoa com dimensões maiores, em especial o box. Mas para nós quatro não representou problema. Na região você encontra vários hotéis mais caros e luxuosos, caso prefira ou precise disto.

Uma das melhores coisas de hotéis na região da estação Termini é a quantidade de serviços disponíveis como minimercados, quitandas e restaurantes. Além disso, a estação Termini facilita o deslocamento para chegar em pontos mais distantes da cidade e mesmo partir para outros destinos, como foi o nosso caso.

BAGAGEM

Pouca bagagem é a ordem.

Para entrar e sair de trem a melhor coisa é não ter mala e se precisar, que seja uma mala pequena.

Leve pouca roupa e, se puder, reserve apartamentos que possuam lavadora de roupas. Dê preferência por roupas que não amassem tanto. Leve apenas um casaco. 

Valorize seu tempo, seu esforço físico e seu dinheiro. Deixe suas mãos livres para segurar nas mãos dos seus filhos e para tirar fotos.

Viajamos com uma mochila para cada um, respeitando obviamente o tamanho determinado pela companhia aérea e levamos uma mala pequena (único objeto que foi para a esteira de bagagem). Isso para 15 dias de viagem com dois adultos e duas crianças. Sinceramente, poderíamos ter levado menos coisas.

PASSEIOS

No dia seguinte à nossa chegada andamos por grande parte do centro histórico. O simples fato de andar pelo centro histórico de Roma é uma viagem no tempo. A cidade toda é um museu aberto.

Fontana de Trevi

Nesta andada, que levou até o final do dia, passamos pelo Palácio Quirinal, uma série de esculturas por vários pontos espalhados pela cidade (em frente a órgãos do governo, em praças, no meio da rua...), fontes, inclusive a Fontana de Trevi, várias igrejas com obras de arte, relíquias e histórias que rendem boas narrativas para crianças e adolescentes, Pantheon, escadarias, coliseu (área externa neste primeiro dia), arco de Constantino, visão iluminada dos fóruns romanos (já era de noite e a iluminação deixa o ambiente muito imponente), Coluna Trajana, vista do rio Tibre. 

Ao fundo, Coluna de Trajano.

Enfim, vimos muita coisa e neste primeiro momento entramos apenas no Panheon e em algumas igrejas. 

Pantheon
Pantheon

Coliseu: 

Realizamos o passeio pela manhã e compramos o ingresso combinado com o Fórum Romano. Ingresso foi comprado na hora, na bilheteria do Fórum. Essa bilheteria fica mais afastada da entrada do Coliseu, no caminho para o Circo Máximo. Ela é mais vazia (não tinha ninguém quando comprei o ingresso).

Arco de Constantino.

Inicialmente tentei comprar o bilhete no próprio Colisseu pois quando cheguei a fila não estava tão grande. Porém foi uma experiência terrível. A fila começava em ordem, mas a medida que chegávamos perto da bilheteria, os seguranças ordenavam que nos aglomerássemos, o que tornava impossível manter uma fila e aí era um Deus nos acuda, com todo mundo sendo espremido. Desistimos e saímos. Como em uma viagem anterior eu havia comprado o ingresso nesta bilheteria do Forum Romano, decidi tentar por lá e tudo foi na mais absoluta civilidade. Imagino que esta situação da entrada pela bilheteria do Coliseu não exista mais, devido à pandemia Covid 19.

Coliseu

O ingresso combinado que se adquire na entrada do Fórum Romano apresenta o horário que você deve entrar no  Coliseu (só pode neste horário marcado). O vendedor não fala inglês muito bem (assim como eu também não), mas tem muita boa vontade para explicar essa combinação de Coliseu e Fórum (horário, dias, valores).

Com bilhete em mãos você pode ir direto para a entrada do Coliseu, de acordo com o horário escolhido. Com bilhete você não pega fila.

Coliseu

O passeio no Coliseu vai gastar o tempo que sua curiosidade quiser. Ficamos aproximadamente 2 horas.

Coliseu

O espaço é bem grande. Existem visitas guiadas e bilhete com acesso a parte de baixo, onde ficavam os gladiadores e animais antes dos shows. Fizemos apenas o passeio mais simples.

Coliseu

Lá dentro você encontrará fontes para abastecer sua garrafa de água. Aliás este é um fato comum. Muitos lugares, inclusive nas ruas, você encontrará pequenas fontes para abastecer sua garrafa de água.

Coliseu

No interior do Coliseu, além da própria estrutura arquitetônica você encontrará banheiros, vistas, exposições e loja de lembranças.

Não lembro de ter visto rampas nem famílias com carrinhos de bebê.

Fórum Romano e Monte Palatino:

Depois do Coliseu, almoçamos nas proximidades do Circo Máximo, que fica alguns metros depois da entrada onde comprei os bilhetes combinados. Restaurante simples e frequentado por pessoas do local.

De lá partimos para o Fórum utilizando a entrada da bilheteria.

Como o Fórum é um ambiente aberto e bem amplo ele fica muito bem combinado com o Coliseu. Para crianças eu considero imperdível, pois elas podem correr ao mesmo tempo que admiram o local e visualizam coisas que já viram em filmes, livros e na escola.

O Fórum e o Monte Palatino compreendem uma grande área livre, com chão de terra, muitas ruínas e área verde. Por lá você encontrará banheiros e alguns poucos pontos com venda de bebidas (o que encontrei era no sistema de auto-serviço). Não encontrei fonte para abastecer minha garrafa d'água.

Nesta área existem várias atrações, como o Arco de Tito, Templo de Saturno, de Vênus, Basílica de Constantino, Mercado de Trajano, Casa de Augusto, Jardins Farnese e muito mais!


Não é uma área fácil para andar de carrinho de bebê. 

Igreja e museu dos Capuchinhos:

Com a intenção de mostrar algo diferente, fomos visitar no museu dos Capuchinos, que é um anexo da Igreja do mesmo nome. Lá existem muitos ornamentos feitos com ossos humanos.

É um passeio rápido e foi incluído no dia que visitamos a Vila Borghese.

No interior, além de uma parte com objetos de rituais religiosos expostos e algumas pinturas, você encontrará uma sequência de capelas totalmente decoradas com ossos de religiosos. Definitivamente um visual bem diferente.

De lá seguimos para a Vila Borghese.

Vila Borghese: 

A vila é uma grande área verde com espaço para correr, descansar, tomar um café, admirar e visitar.

Inclui algumas galerias, inclusive a famosa Galeria Borghese, o Bioparco (antigo zoológico de Roma), mirantes, um lago com barco para alugar e pista de corrida.

Lá é possível alugar um espécie de pedalinho para a família pedalar junto. E foi o que fizemos. Uma ótima opção para se deslocar por uma parte da vila e ao mesmo tempo divertir as crianças.

Com exceção da Galeria Borghese, as demais galerias e museus que encontramos por lá são de entrada gratuita.

Na Vila Borghese é mais fácil utilizar carrinho de bebê, uma vez que o chão é de terra e bem regular.

Castelo de Sant'Ângelo:

Nesta viagem não visitamos este castelo, mas eu já o conhecia e recomendo para quem tiver tempo para incluí-lo no seu roteiro. Nele há várias salas com exposições e um café no terraço com vista para a cidade e rio Tibre. O castelo em si, com sua arquitetura, já vale a visitação.

Desta vez nós circundamos a área externa, com destaque para a passarela disfarçada de muro que liga o Castelo ao Vaticano. Esta passarela tem destaque no livro Anjo e Demônios que minha filha havia acabado de ler e foi muito bom verificar sua existência.

Ao redor do castelo há uma área verde com bancos para descansar, área com banheiro (pago) e um parquinho frequentado por locais.



Ele fica bem próximo ao Vaticano e as margens do rio Tibre, o que valeu um agradável passeio pela cidade.


CONSIDERAÇÕES GERAIS


Vimos muita coisa andando pela cidade. Se você tem uma família com perfil que gasta a sola do sapato, Roma é um prato cheio. Fique atento a usar roupas confortáveis e carregar pequenos lanches e garrafa dágua.

Evite visitar temas repetitivos no mesmo dia. Tente intercalar áreas abertas e fechadas. E se alguém cansar, esteja preparado para não transformar isso num problema. Sente, tome um café e admire o local.

Com crianças menores esteja atento pois o ritmo será mais lento. Terá que trocar fraldas ou achar banheiro às pressas.

Lembre-se que Roma é totalmente turística e a lotação do local pode atrapalhar alguns programas. Por isso busque ajustar os horários para sofrer menos e aproveitar mais.

No mais, aproveite a viagem pois Roma é linda.


LINK PARA DEMAIS DESTINOS NA ITÁLIA

Vaticano com crianças

Veneza e Pádua com crianças

Florença com crianças

Orvieto com crianças

Basílica São Paulo fora dos muros com crianças

Castelo de Júlio II com crianças/Óstia

Óstia antiga com crianças

















































































domingo, 21 de agosto de 2022

VATICANO COM CRIANÇAS

 VATICANO COM CRIANÇAS



Viagem em janeiro de 2020, dois adultos e duas crianças (8 e 13 anos).

Este passeio fez parte de uma viagem que incluiu outros destinos, todos na Itália. Neste post, nossas impressões e sugestões sobre visitar o Vaticano com duas crianças.


AGENDAMENTO PRÉVIO PARA OS MUSEUS

Visitamos o Vaticano antes da pandemia de Covid-19. Havia a opção de agendar on-line ou simplesmente enfrentar fila para adquirir o bilhete. Como não queríamos ter uma agenda presa por horários agendados, realizamos a marcação da visita na véspera e não encontramos dificuldades. Enquanto redigia este post, fiz tentativa para agendamento e não consegui na mesma semana. Portanto leve em consideração a época em que estiver viajando ou arrisque uma fila que tem fama de ser bem longa.

O agendamento é feito pelo site do Vaticano: vaticano agendamento. Optei pela visita livre, mas existem várias opções.

O agendamento on-line é mais caro que comprar na hora.

Verifique as datas de visitação, pois tem uma série de dias que ele não abre. Inclusive não abre nos domingos (o único domingo que abre é o último do mês).

Para crianças até 18 anos, o valor é a metade do inteiro.

O bilhete será enviado pelo e-mail.  No dia da visita apresentamos o e-mail de confirmação no hall do museu. Lá existem bilheterias especiais para cada tipo de ticket. Para entrar nesse hall havia duas filas, uma para agendamento on-line e outra para quem iria comprar na hora. 

Na bilheteria de agendamento on-line realiza-se a troca pelo bilhete físico, que deve ser mantido por toda a visitação.


VISITAÇÃO DA BASÍLICA DE SÃO PEDRO

São Pedro.

Para visitar a Basílica de São Pedro não é necessário pagamento, nem bilhete. Observe se houve modificações devido à pandemia de Coronavírus. Para tanto, acesse o site do Vaticano

O acesso é por uma fila distinta da fila dos museus do Vaticano.

É uma fila que costuma ser longa, mas não tem fama de demorada. Fui duas vezes (meses e anos distintos) e em ambas as situações não enfrentei fila. Sempre programo para datas de baixa temporada.

Você passará em detector de metais e farão vistoria na sua bolsa de mão.

Nesta viagem que fiz com as crianças, optei por visitar primeiro os Museus, uma vez que havia hora marcada para entrada, e visitamos a Basílica no final.

COMO CHEGAR

Como estávamos hospedados na região da estação de trem/metrô Termini, optamos pelo metrô e descemos na estação Otaviano. De lá andamos por cerca de 5 minutos até a entrada dos museus.

Para retornar, fizemos todo o percurso de volta à pé. No nosso caso foi um percurso longo, mas que se adequa a nosso perfil.

PREPARAÇÃO PRÉVIA

A visitação, tanto dos museus quanto da Basílica, merece ser trabalhada de acordo com o perfil/temperamento das crianças.

Os museus não são interativos, mas seu acervo é rico na capacidade de impressionar as crianças, de acordo com a forma que elas forem estimuladas durante a vida. Esse é um trabalho prévio que cada família deve fazer com os seus, para tornar a visita o mais prazerosa para todos.

Além de informar e aguçar a curiosidade previamente, lembre-se de realizar pausas para descanso, pois os museus são bem grandes. Lá há lanchonete/restaurante para reabastecer as energias  (e ao mesmo tempo esvaziar a carteira, pois tudo é muito caro). Lembre-as que estão no menor país do mundo! Esses detalhes costumam impressionar os pequenos.

Esfera de Bronze (Arnaldo Pomodoro), na Praça da Pinha 
Museus Vaticano.


A lanchonete fica estrategicamente alocada num ponto que dá para uma grande pátio com bancos à céu aberto, o que ajuda a mudar o ambiente, reduzindo a impressão de confinamento num prédio fechado.

Não subestime a capacidade da criança/adolescente se impressionar com esculturas ou outros objetos históricos/artísticos. Muitas das obras presentes fazem parte do diálogo escolar e até mesmo familiar. Tudo vai depender de como se chamar a atenção da criança para isso.

Os temas são variados: Egito, Mesopotamia, mapas, Grécia, Roma, temas com exposições sobre assuntos atuais, joias. Simplesmente um mundo de informações. Compare passado com presente. Pergunte sobre a opinião deles de forma específica (nada de perguntar "o que está achando"). Diga o que você faria de diferente se tivesse que trabalhar aquele assunto. Veja filmes e leia livros sobre os temas, caso queira algum ponto específico. Principalmente... não force a criança a ter as mesmas impressões que você. 

O que acredito que possa interferir de forma negativa na visitação é a quantidade de pessoas no local. Felizmente tive uma experiência positiva, não encontrando filas e não me deparando com ambientes lotados. Isso não costuma ser a regra. 

ESTRUTURA DOS MUSEUS E DA BASÍLICA DE SÃO PEDRO

Em ambos você encontrará acesso fácil a banheiros e acesso facilitado para cadeirantes. No caso dos museus também têm lanchonete. Tudo é caro.

BASÍLICA DE SÃO PEDRO


Como visitamos a Basílica no final do dia, a fila estava praticamente zero.

Logo na entrada já chama a atenção o tamanho dos portões e a sequência de estátuas observadas a partir da Praça de São Pedro.

Do chão ao teto a riqueza de obras é um prato cheio para qualquer observador.

No interior encontrará túmulos de figuras históricas, inclusive das duas únicas mulheres que foram enterradas dentro da Basílica: Rainha Cristina da Suécia e Santa Helena (mãe do Imperador Constantino - primeiro Imperador cristão).


Ao fundo, o baldaquino. À direita, escultura de São Pedro.

O baldaquino (estrutura com quatro colunas) marca o altar e sob ele está o túmulo de São Pedro.


Sobre o baldaquino é possível enxergar a cúpula da Catedral.

Pieta

Entre várias obras, não deixe de mostrar para seus filhos a Pietá, de Michelangelo. Ela está protegida por uma vitrine de vidro, pois em algum momento do passado ela foi agredida por um vândalo.

Praça de São Pedro.

MUSEUS DO VATICANO

Uma das primeiras salas está repleta de esculturas do mundo grego. Para meus filhos, que gostam de Pierce Jackson, foi um prato cheio.


Tentamos reconhecer os deuses e semi-deuses sem olhar as informações baseados apenas naquilo que sabíamos, como se estivéssemos brincando  de algum jogo.




Quando encontrávamos alguma representação de lenda ou evento histórico, aproveitamos para comentar a forma como foi representada.

Escultura Rio Nilo


A escultura do Rio Nilo: Por que um homem e várias crianças? O homem representa o Rio Nilo e as crianças seus afluentes.

Perseu e Medusa



Pelas imagens é possível observar que conseguimos um momento em que os museus realmente não estavam lotados. Isso faz muita diferença para que o passeio com crianças seja mais leve e agradável, pois a disputa por espaço se torna bem reduzida.


A maioria das salas são por si só uma obra de arte, pela riqueza de detalhe, materiais utilizados e disposição das obras.


A maioria dos turistas utiliza escadas para mudar de andar, mas há elevadores para pessoas que estejam com mobilidade reduzida.


Mostre para as crianças os detalhes e o trabalho desenvolvido em mosaico. Aproveite para indicar como conseguiam a lisura e semelhança com a anatomia humana mesmo trabalhando em pedra.



A existência de pátios externo permite um ponto de parada para aquelas crianças que ficam cansadas de lugares fechados. Caso seja esta a sua situação, permita uma parada para descanço nesses ambientes abertos.

Escada helicoidal dupla (Giuseppe Momo)


Essa escada, que encanta não só crianças mas também adultos, encontra-se próxima à saída dos Museus. Foi construída no início do século XX. Entregue uma câmera com as crianças e deixe-as criar imagens fotográficas nesta escada. Só lembre que em alguns lugares não é permitido fotos, como a Capela Sistina.

Prepare-se, divirta-se e aproveite a viagem com suas crianças.